O presidente da Agência Tocantinense de Saneamento (ATS), Edmundo Galdino esteve em Brasília, buscando viabilizar recursos para implantação de 21 projetos de esgotamento sanitário, junto à Funasa. O projeto vai atender seis municípios do Bico do Papagaio, sendo eles: Angico, Luzinópolis, Maurilândia, Riachinho, Santa Terezinha, São Bento.
Galdino se reuniu com o senador João Ribeiro, o superintendente da Funasa-TO, Onofre Marques, o deputado federal Júnior Coimbra e o presidente nacional da Funasa, Gilberto Queiroz. “Vimos com o senador João Ribeiro a possibilidade de liberação de recursos para implantação de redes de esgotamento sanitário com a respectiva estação de tratamento para os municípios tocantinenses”, esclareceu, destacando a importância da união de toda as bancada, de forma suprapartidária, em uma ação conjunta com o Governo do Estado para buscar todos esses benefícios para a população. Ele informa que a ATS também está elaborando 57 projetos de esgotamento sanitário, assim como de ampliação do abastecimento de água, completando assim o atendimento aos 78 municípios de sua competência. A previsão é de que em junho sejam lançados para análise, estudo e aprovação, junto ao Governo Federal. “Estamos buscando condições para a universalização dos sistemas de água e esgotamento sanitários, com tratamento adequado e ambientalmente correto”, afirmou.
Galdino ressalta que hoje 90% das residências de todas as cidades ligadas à ATS, que somam 78 municípios, já dispõem de água tratada e que o desafio é levar água de qualidade para o consumo humano à população rural. “Queremos universalizar a coleta e o tratamento do esgoto sanitário, bem como a captação, tratamento e distribuição da água potável, não só no perímetro urbano, mas também para as populações carentes do meio rural”, garante.
Programa Água Para Todos
O Tocantins convive com o problema da falta d´água em diversas regiões no meio rural, onde a população enfrenta uma dura realidade que resulta até em doenças relacionadas à seca. A região Sudeste é uma das mais afetadas no período da seca, levando agricultores familiares a abandonarem suas casas e provocando até a morte de animais. A ATS – Agência Tocantinense de Saneamento pretende enfrentar o desafio de levar água a esses lugares através do Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Água, mais conhecido como Água Para Todos, que é um programa do Governo Federal, com recursos o Ministério da Integração Nacional. “Esse programa só atenderia o nordeste brasileiro, mas o Governo do Estado conseguiu incluir a região sudeste do Tocantins para ser beneficiada”, explica o presidente da ATS, Edmundo Galdino.
Galdino explica que, na região sudeste, quando chega o mês de maio os córregos e nascentes praticamente secam e para piorar a situação a água do subsolo é profunda e salobra. “É necessário escavar um poço de pelo menos 600 metros para atingir a água que ainda é salobra, não servindo nem para lavar roupa”, diz o presidente da ATS, esclarecendo que pela distância e condições das estradas na zona rural o abastecimento pelo carro pipa fica inviável. Nesse caso, o sistema do programa Água Para Todos é a melhor alternativa para a região. “As cisternas são reservatórios de PVC subterrâneos, com capacidade de 16 mil litros de água, sendo que a coleta da água é feita no período da chuva. As famílias serão treinadas pela ATS para tratar a água para que esta permaneça potável para consumo humano”, esclarece Galdino. Os estudos técnicos mostram que no Tocantins esse mecanismo será bastante eficaz, uma vez que as populações rurais são dispersas, vivem longe uma das outras, e as cisternas vão abreviar o caminho para a universalização da água no meio rural.
As famílias de agricultores familiares de baixa renda a serem beneficiadas fazem parte de um cadastro feito pela Defesa Civil. A previsão é beneficiar até 2013, mais de 20 municípios da região Sudeste. As cisternas atenderão a 8.422 famílias de comunidades rurais e quilombolas que vivem na zona rural. Segundo Galdino, o trabalho será desenvolvido pela ATS com a colaboração e participação da CNA – Confederação Nacional da Agricultura, da qual a senadora Kátia Abreu é presidente.
