O Tocantins avançou nesta quarta-feira (10) em uma das pautas mais estratégicas para a manutenção da rede estadual de saúde: o reforço no financiamento federal da atenção especializada. A agenda, articulada pelo deputado federal Ricardo Ayres, reuniu representantes do Governo do Estado com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em Brasília. O encontro teve como foco o pedido de um Incremento Temporário no Teto MAC no valor de R$ 400,8 milhões, considerado essencial para sustentar a atual estrutura hospitalar e ampliar serviços.
Durante a reunião, o secretário-executivo da Saúde, Luciano Lima Costa, apresentou um panorama detalhado da demanda crescente no Tocantins, que possui 139 municípios, 1,5 milhão de habitantes e 92% da população dependente exclusivamente do SUS. A rede estadual administra 49 unidades hospitalares com atendimento público, além de bancar Unacons, hemorrede, terapia renal substitutiva, ambulatórios, UTIs móveis e praticamente toda a oferta de leitos clínicos e de terapia intensiva. Para o governo, o aporte federal é indispensável para manter a capacidade de resposta diante do alto índice de usuários e da expansão dos serviços.
A presença de Ricardo Ayres foi decisiva para a retomada do diálogo com o Ministério da Saúde. O parlamentar tem se destacado na articulação entre gestores estaduais e a pasta federal, reforçando a urgência de equilibrar o financiamento entre Estado e União. Segundo Ayres, a defesa do incremento no Teto MAC é uma medida de justiça federativa: “O Tocantins sustenta quase toda a alta complexidade sozinho. Nosso papel é garantir que o governo federal reconheça essa realidade e contribua de forma compatível com as necessidades da população”, pontuou após o encontro.
A comitiva tocantinense, formada também pelo secretário-chefe da Casa Civil, Deocleciano Gomes Filho, reforçou que a solicitação busca assegurar continuidade, estabilidade e ampliação dos serviços especializados. A expectativa é que a análise avançada pelo Ministério da Saúde resulte em medidas capazes de fortalecer a estrutura hospitalar e reduzir desigualdades no atendimento. Para Ayres, o diálogo aberto é um passo essencial para garantir que o Tocantins continue ampliando sua capacidade assistencial e oferecendo serviços condizentes com a demanda crescente da rede pública.




