Em uma sessão marcada por intensas discussões e reavaliação de provas, o Tribunal do Júri de Araguatins decidiu, por unanimidade, absolver Adão da Conceição de Morais, acusado de envolvimento na morte de Amarildo Dourado de Andrade. O caso, que chocou a comunidade local em outubro de 2017, teve como desfecho o júri acatando as teses de defesa.
Amarildo Dourado foi encontrado morto em uma cova rasa na região do Barreiro, zona rural de Araguatins, após ter sido brutalmente agredido na cabeça com um pedaço de madeira. Na época, as investigações da Polícia Civil, apontaram Adão da Conceição de Morais, vulgo Zói de Gato, e José Antônio Mendes dos Santos, conhecido como Zé das Cobras, como os principais suspeitos do crime.
Foi imputado a Adão da Conceição o crime de homicídio qualificado. No entanto, durante o julgamento realizado nesta terça-feira, a defesa, composta pelos advogados, André Luiz de Sousa, Brunno Maurício Nunes Leal, Kaio Vinícius Cavalcante Rodrigues e Alisson Matheus do Amaral, do escritório Lopes Advogados e Associados, argumentou que não havia provas suficientes que ligassem Adão aos crimes.
Os defensores sustentaram a inexistência de autoria por parte do acusado, ressaltando que as evidências apresentadas pelo Ministério Público não eram conclusivas. Após as argumentações, os jurados acolheram as teses da defesa e, por unanimidade, decidiram pela absolvição total de Adão da Conceição de Morais.
“Primamos por resgatar a dignidade do réu, com a demonstração da presunção de inocência com o rigor e o respeito as garantias constitucionais, restando demonstrada que o mesmo não cometeu nenhum crime ora imputado pela acusação”, disse o advogado André Luiz de Sousa, em conversa com a imprensa após o fim do julgamento.
O outro acusado, José Antônio Mendes dos Santos, conhecido como Zé das Cobras, morreu antes do julgamento.