O Programa de microcrédito “Nossa Oportunidade” criado pelo Governo do Estado para dar oportunidade aos profissionais que prestam serviços – como artesão, pintor, pedreiro e azulejista, o vendedor de picolé, de pão caseiro, o (a) cabeleireiro (a), o lavador de carros, o sapateiro, dentre tantas outras atividades – de iniciarem seu negócio ou adquirirem melhorias materiais em seus trabalhos, pode estar sendo usado em Araguatins para fins eleitorais. É o que alega A.R.da S, 49 anos; G.P.deS, 53 anos e R.S.C.J, 38 anos. Os três pediram para não serem identificados, pois tem medo de sofrerem perseguição.
O programa oferece empréstimo inicial de R$ 1 mil. Para serem beneficiadas as famílias devem comprovar ganho de até um salário mínimo. O crédito é concedidos pelo Prodivino/Banco da Gente e gerido em conjunto entre a Secretaria de Assistência Social e a Secretaria das Oportunidades, com apoio do Sebrae.
A.R.da S, G.P.deS e R.S.C.J disseram ao jornal Folha do Bico que o cadastramento foi aberto para todos os interessados o que chegou a gerar enormes filas na porta do SINE, mas que um numero “X” de cadastros o qual não souberam precisar exatamente a quantidade, estava condicionado a liberação sob crivo do administrador regional, Francisco Aldivino e do pré-candidato à prefeito, Pretinho do Supermercado. Os três cidadãos garantiram que não são todos os cadastros, mas algo em torno da metade será liberado pela escolha política direta de Pretinho e Aldivino.
Fato parecido já aconteceu semana passada em Araguatins no caso da distribuição das bicicletas do programa Pioneiros Mirins, onde Francisco Aldivino fez a distribuição de 297 bicicletas utilizando pré-candidatos e dirigentes partidários fazendo o rateio entre os políticos para contemplar crianças e adolescentes ligados a cada um. Ignorando totalmente aspectos técnico-social.
G.P.deS disse que as pessoas foram iludidas à ir até o SINE enfrentarem fila, realizar o cadastros e depois terem de bater na porta de Pretinho ou Aldivino para solicitarem uma ajuda na liberação do crédito. “Eu mesmo acompanhei um amigo que foi solicitar ajuda para Pretinho que garantiu que interferiria na liberação, mas lembrou que também seria candidato a prefeito e precisaria de ajuda no futuro”, afirmou.
Já R.S.C.J afirmou que nem chegou a fazer o cadastro, pois já na fila, havia orientação para que se procurasse um político para facilitar a liberação do cadastro. “Um pré-candidato à vereador acompanhou uma moça, furou a fila desrespeitando os demais, e disse que já havia preenchido os formulários diretamente no escritório da Administração Regional com Francisco Aldivino que o autorizou a entregar direto na administração do SINE”, disse R.S.C.J.
Os três denunciantes cobraram do Governo do Estado uma medida para coibir a ação política de Pretinho e Aldivino que foi qualificada por eles como uso indevido de bens públicos para promoção pessoal e política.
