Policiais da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher e Vulneráveis (DEAMV) de Araguatins cumpriram uma determinação judicial e prenderam preventivamente, um autônomo de 41 anos, acusado de estupro de vulnerável cometido contra a própria filha, então com 13 anos de idade.
Conforme o processo original, o autônomo tinha seis filhos então com 13, 11, 8, 7, 6 e 4, anos, dos quais quatro eram meninas e dois meninos e ele passou a abusar da filha de 13 anos após a mãe dela falecer.
O caso só foi revelado por uma ação da própria vítima após atuação do Conselho Tutelar local. O pai procurou o colegiado para revelar que a filha, então com 14 anos, havia saído para a festa de réveillon e ingerido bebidas. Ao procurar a menina, ouviram dela: “você não sabe o que esse homem faz comigo”.
Segundo o relato da vítima, depois que a mãe faleceu, uma noite ela dormia no quarto com os irmãos. O pai chegou, deitou-se ao lado, ela tentou se levantar, mas o pai a segurou com força e lhe tapou a boca. Depois, lhe tirou a roupa e manteve relação sexual com a filha pela primeira vez em 2018, dois anos após o falecimento da esposa.
Os abusos sexuais passaram a ser diários, sempre durante a noite, quando os irmãos estavam dormindo, conforme o relato da vítima, que deu origem ao processo penal contra o pai.
Tempos dois, teve vômitos e a menstruação cessou. Uma tia da vítima a levou ao posto de saúde, onde a equipe constatou a gravidez. Segundo o registro, a filha disse que apanhou do pai quando informou a gravidez com pedaço de corda e era xingada “de vagabunda, desgraça e besta fera”. Ela também disse ter sido ameaçada de morte diariamente caso revelasse que tinha engravidado do pai.
Para esconder a paternidade, ela disse que o pai a obrigou a mentir para médicos e conselheiros tutelares que o pai da criança era um homem da cidade de Porto Franco, no Maranhão. Ela teve a criança por parto normal no Hospital Regional de Imperatriz (MA).
Após o nascimento do filho, ela doou a criança para uma moradora de Sítio Novo, que a acolheu após o parto, mas que o filho está registrado como filho dela e ela o visita quando pode.
A filha reclamou que o pai ainda tentou abusar dela e que é uma pessoa muito violenta e agride constantemente todos os filhos, por qualquer coisa que façam, até mesmo quando brincam dentro da casa, são agredidos com corda e socos.
O mandado de prisão em aberto tinha validade até 1º de janeiro de 2043, expedido pela juíza Nely Alves da Cruz, da 1ª Vara Criminal de Araguatins, na quinta-feira, 4. O homem foi levado para a cadeia pública da cidade. (Jornal do Tocantins)