Na manhã do último sábado, 29, sete integrantes do grupo expedicionários de caiaques “Sem Remo, Sem Rumo”, desembarcaram do Cais do Porto de Araguatins, no Bico do Papagaio, com destino a Marabá, na região de Carajás, no Pará, percorrendo os rios Araguaia e Tocantins, aportando no destino final, na segunda, dia 1ª.
De acordo com o caiaqueiro, Eucleber Ferreira Amaral, esta foi a 5° expedição de caiaqueiros de Araguatins, uma das maiores experiências fluviais e turística da região Norte do Tocantins.
Já os caiaqueiros Zé Filho Coimbra e Beijiumon da Silva Melo, destacaram que além dos inúmeros atrativos, o grupo se deparou com a tríplice divisa, onde se encontram o Bico do Papagaio (Tocantins), Pará e Maranhão, o tão conhecido “Encontro das Águas”, onde o Araguaia desagua no Tocantins.
Iderlan Borges Pinheiro e Paulon Labre Miranda, convergem que o encontro das águas entre os Rios Araguaia e Tocantins, a imensidão de ilhas ao longo do percurso, as corredeiras do São João e a chegada em Marabá são apenas detalhes, diante de inúmeros deslumbramentos ao longo das margens dos rios.
O caiaqueiro Victor Borges também falou sobre sua experiência. “A sensação de navegar no Araguaia e no Tocantins em locais desconhecidos por alguns, nos conecta com a criação e o criador do universo, onde através da imensidão das águas percebemos que no princípio do mundo o todo era água e inúmeras maravilhas foram acrescentadas. No singular, é você, o Araguaia e Deus. É enxergar a beleza nos voos rasantes das gaivotas, é ouvir e ver o mergulho dos botos. Você compreende de perto as maravilhas feitas por Deus e ratifica que a maturidade vem com todas estas experiências no currículo da vida…O melhor da vida é vivenciar isto com o ” Sem Remo Sem Rumo”, onde todos passamos a ter a mesma identidade, cada um com suas características, pois somos todos caiaqueiros, uns com mais experiências, outros superando as remadas, e outros aprendendo os caminhos. O detalhe está na força interna e a hombridade que cada um, carrega consigo, pois você nunca está sozinho com os caiaqueiros. Os laços criados e mantidos ao longo das caicadas, não se restringem apenas a última viagem, todavia, estabelece uma conexão para as próximas planejadas. E assim, vamos navegando sem remo sem rumo até o próximo destino”.
Os caiaqueiros Ilson Carneiro “Panda”, Zé Filho Coimbra e Iderlan, foram os mais experientes na expedição, devido o reconhecimento do trajeto, pois dependendo do nível da água os percursos precisam ser replanejados.
O grupo de caiaqueiros agradeceram o apoio de amigos que não puderam ir, os familiares que torceram e vibraram com a chegada, a comunidade ribeirinha, os amigos que acolheram nós pontos de apoio e a comunidade de São João do Araguaia-PA, dizendo que todos foram essenciais para que a descida e aventura tivesse êxito. 9Com informações de Victor Fernandes Borges e Elisvan Lopes)