
A Justiça do Tocantins condenou um homem a 30 anos e 11 meses de reclusão em regime fechado pelo crime de estupro de vulnerável contra a própria filha. A decisão, proferida na terça-feira (9), atendeu a pedido do Ministério Público do Tocantins (MPTO) em ação penal que tramitou no Juizado Especial de Combate à Violência Contra a Mulher de Araguaína. O processo corre em segredo de Justiça e ainda cabe recurso.
O caso veio à tona em 2015, quando o Hospital e Maternidade Dom Orione comunicou ao MPTO o nascimento de uma criança por uma adolescente, levantando a suspeita de que o pai seria o próprio genitor. A vítima relatou ter sido abusada de forma reiterada entre 2008 e 2015, período em que tinha entre 9 e 13 anos. Exames de DNA confirmaram que o acusado era o pai do bebê. Durante os depoimentos, a jovem revelou que o homem manipulava sua confiança e a ameaçava caso contasse os abusos.
O acusado chegou a ter a prisão preventiva decretada em setembro de 2015, mas fugiu e permaneceu foragido até ser localizado este ano, no Pará. Após a captura, passou a responder ao processo preso. A sentença reforça o posicionamento do Ministério Público, representado pelo promotor de Justiça Matheus Eurico Borges Carneiro, de responsabilizar o réu pela gravidade dos crimes cometidos ao longo de anos contra a própria filha.




