Foi dado o ponta-pé inicial para as atividades do Projeto Rondon, programa que viabiliza o trabalho voluntário de universitários em diversas regiões do país. O Bico do Papagaio receberá os grupo através das ações “Babaçu” que atuará em Aguiarnópolis, na divisa com o Estado do Maranhão.
Mais de 460 estudantes e professores universitários provenientes de 46 instituições públicas e privadas do Brasil vão participar de maneira voluntária de iniciativas que contribuam para o desenvolvimento sustentável das comunidades assistidas. O programa prevê um intercâmbio entre os jovens e os agentes multiplicadores – funcionários das Prefeituras e lideranças locais – permitindo uma maior retenção e disseminação dos conhecimentos adquiridos.
De acordo com o coordenador-geral do Projeto Rondon do Ministério da Defesa, o vice-almirante, Edlander Santos, 22 municípios maranhenses além de Aguiarnópolis estão incluídos nas primeiras operações. Serão desenvolvidas ações visando à capacitação de agentes para atuar nas áreas de saneamento urbano; de saúde; de comunicação social; e de direitos humanos.
“O objetivo maior é levar cidadania às comunidades ainda desassistidas”, explicou o coordenador do Projeto Rondon. Ele disse que em cada município, trabalharão 20 voluntários de duas instituições de ensino superior diferentes. A intenção é fazer com que, desde o primeiro momento, essas equipes aprendam a trocar experiências e informações, de modo a integrar sua forma de atuação.
A Operação Babaçu será desenvolvida a partir do município de Imperatriz, com o apoio do 50º Batalhão de Infantaria de Selva. Serão atendidos os municípios de Açailândia, Amarante do Maranhão, Buriticupu, Buritirama, Estreito, Governador Edson Lobão, João Lisboa, Ribamar Fiquene, São Francisco do Brejão, São Pedro da Água Branca, Vila Nova dos Martírios e Aguiarnópolis (TO).
Para participar do Projeto Rondon, alunos e professores das instituições interessadas submetam-se à aprovação do Ministério da Defesa os projetos que pretendem realizar, tendo em vista as necessidades de cada município. Somente são escolhidas propostas em que há evidente sintonia entre as ações programadas e a realidade objetiva dessas localidades.
Segundo os coordenadores do Rondon, a escolha dos estudantes e professores que participam das viagens – os chamados “rondonistas” – leva em conta não só o perfil acadêmico dos candidatos, mas também o potencial que seus projetos têm de transformar ou melhorar a qualidade de vida de cada comunidade.