
Responsável direta pela mudança desastrada de rumo da campanha do senador Vicentinho Alves (PR), ao Governo do Estado, na Eleição Suplementar, pela Coligação A Vez dos Tocantinenses, a agência de publicidade Public, do marqueteiro Marcelo Silva, conhecido como Marcelinho, passa por um momento complicado.
A agência pode ser condenada a devolver dinheiro recebido como pagamento por prestação de serviços eleitorais, por meio de recursos ilícitos e existe a expectativa da empresa ser sentenciada ainda no segundo semestre deste ano, por ser citada na Operação Ápia.
O relatório da Polícia Federal que investigou por meio da Operação Ápia, uma suposta organização criminosa, composta por políticos e empresários, que teriam fraudado licitações no governo relacionadas a obras de terraplenagem no Tocantins, inclusive da inacabada rodovia TO-010, que liga Araguatins a Ananás, que chegou a dar um prejuízo de cerca de R$ 200 milhões, aponta que parte desse dinheiro pode ter parado nas contas da Public, como pagamento pelo serviços prestados em campanhas eleitorais do grupo ligado ao ex-governador Sandoval Cardoso (SD).
Segundo o relatório da Polícia Federal, Marcelinho teria recebido das mãos do empresário Wilmar Oliveira Bastos, da Eletro Hidro Ltda (EHL), cerca de R$ 1 milhão, dividido em duas parcelas de R$ 250 mil e o pagamento de uma nota fiscal de R$ 500 mil. Na Ápia, a EHL é acusada de provocar prejuízos ao erário público que ultrapassam os R$ 11 milhões.
O problema da operação, é a origem do dinheiro, fruto de corrupção. O serviço foi de fato prestado pela Public de Marcelinho, mas o problema encontrado pela Polícia Federal, é que esses pagamentos foram feitos com dinheiro desviados dos cofres públicos. Portanto de fonte ilícita.
Se confirmado, a agência Public terá de devolver todo o dinheiro recebido, corrigido e com multa e ainda poderá ficar impedida de prestar serviços ao poder público.




