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segunda-feira, dezembro 15, 2025
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Aeroporto de Araguaína perde 70% dos voos em um ano

CRISE

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O aeroporto de Araguaína, no norte do Tocantins, perdeu 70% dos voos e viu o movimento de passageiros cair praticamente pela metade em um ano. As informações são do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. O terminal saiu de 3,2 mil voos em 2015 para 962 em 2016. O número de passageiros que decolaram ou pousaram na cidade foi de mais de 88 mil para pouco mais de 47 mil pessoas entre um ano e outro.

No transporte de cargas a queda foi ainda mais acentuada. O resultado de 2016 foi 97,5% menor que o de 2015. O aeroporto saiu de mais de 47 mil quilos de mercadorias transportadas para só mil no ano passado. Os resultados têm a ver com fatores estruturais do aeroporto em si e também com a crise das companhias aéreas, que atingiu todo o setor em 2016.

Até o final de 2015, três companhias aéreas operavam no aeroporto de Araguaína, todas com aeronaves turboélices, que são menores que as de turbina e acomodam em média 90 passageiros por voo. Com a crise do setor, duas companhias suspenderam a operação na cidade, a Azul e a Sete Linhas Aéreas. Diante disso, apenas a Passaredo segue com voos comerciais em Araguaína, mas também diminuiu de três voos diários para apenas um.

De acordo com o superintendente da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da cidade, Helter Dantas, o aeroporto tem potencial para receber mais aeronaves. “O voo que sai hoje, sai lotado todos os dias, nós temos demanda para pelo menos mais dois voos diários. A média de embarques e desembarques foi de 8,5 mil por mês em 2015 para 3,5mil em 2016, mas foi em função da queda na oferta, não na demanda”, diz ele.

A cidade tenta atrair as maiores companhias do país, a Gol, a Latam e a Azul, para operar no aeroporto. As negociações esbarram sempre em problemas estruturais. O aeroporto não tem condições de receber voos de aeronaves de grande porte e isso torna a operação ali menos atraente, já que significa menos clientes por voo para as empresas.

Para resolver o problema, Dantas informou que a prefeitura procurou o Ministério dos Transportes e pediu recursos para uma obra de expansão do terminal e da pista. A modificação está orçada em mais de R$ 60 milhões e ainda precisa ser licitada. A previsão da prefeitura é que a construção comece no segundo semestre de 2017.

A prefeitura disse que está fazendo também uma pesquisa em parceria com uma universidade para tentar entender as demandas dos usuários. Além disso, a prefeitura negocia com o governo do estado um desconto nos impostos sobre os combustíveis de avião para empresas que operarem no terminal. Isto para tornar Araguaína mais competitiva em relação a outros aeroportos próximos, como Marabá (PA) e Imperatriz (MA).

Crise do setor

O terminal de Araguaína não é o único no Tocantins que enfrenta problemas. O movimento no aeroporto Brigadeiro Lysias Rodrigues, em Palmas, também caiu. A queda foi a primeira após três anos consecutivos de crescimento. O terminal fechou 2016 com 2,4 mil voos a menos e uma queda de mais de 26 mil passageiros em relação a 2015.

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