Em Miranorte, Tocantins, a Polícia Civil concluiu, nesta quinta-feira, 15 de maio de 2025, o inquérito que investigava um homem de 62 anos acusado de abusar sexualmente da própria neta, uma adolescente de 15 anos. O caso, apurado pela 66ª Delegacia de Polícia, integra a operação Caminhos Seguros, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. As investigações confirmaram indícios robustos do crime de estupro de vulnerável, resultando no indiciamento do suspeito, que pode enfrentar até 15 anos de prisão, com agravantes por ser parente da vítima.
Os abusos ocorreram em 2023, quando a vítima, então com 13 anos, residia temporariamente com os avós. Segundo o delegado-regional José Lucas Melo, responsável pelo caso, os crimes aconteciam na casa da família, na ausência de outros moradores. A adolescente, traumatizada, deixou a residência e buscou refúgio em outro estado, onde passou a viver com a família paterna. A denúncia veio à tona quando ela relatou os abusos ao Conselho Tutelar de sua nova cidade, que acionou a Polícia Civil do Tocantins.
A investigação foi iniciada após o relato da vítima, e as autoridades reuniram provas que sustentam a acusação. O delegado destacou a importância de familiares estarem atentos a mudanças no comportamento de crianças e adolescentes, incentivando um diálogo aberto para que se sintam seguros em denunciar. Ele enfatizou que o medo de relatar abusos, frequentemente cometidos no ambiente familiar, é um obstáculo significativo para a atuação policial.
José Lucas Melo reforçou que qualquer suspeita de abuso deve ser comunicada à Polícia Civil, que tem a responsabilidade de investigar e proteger as vítimas. “Garantimos a segurança e a integridade de quem denuncia, e é essencial que esses casos sejam reportados para que os fatos sejam apurados”, afirmou. O caso expõe a gravidade dos crimes intrafamiliares e a necessidade de vigilância e apoio às vítimas.
