Deve acontecer na manhã dessa quarta-feira (16) a primeira audiência do caso envolvendo o homicídio do advogado George Antonio Machado, assassinado no dia 3 de abril deste ano, na Folha 10, Nova Marabá, em Marabá. Sentam-se diante do juiz titular da Nona Vara Penal de Marabá, Murilo Lemos Simão, dois suspeitos de envolvimento no homicídio, o autônomo Wagner Vieira Matos, 24 anos, e o servidor público municipal Rodrigo Carvalho da Silva, 21 anos.
Ambos foram identificados por pelo menos cinco testemunhas como sendo os autores da morte do advogado que foi encurralado e assassinado a tiros no “Espetinho da Regina” sem ter chance de se defender. A investigação conduzida pelos delegados Ricardo Oliveira do Rosário e Dauriedson Bentes levantou que o crime teria sido motivado por conta de um desacordo comercial entre o acusado Wagner Matos e o advogado George Machado, sendo que este teria sido contratado para defender aquele num processo de tráfico de drogas em 2011, sendo que o suspeito não teria ficado plenamente satisfeito com o desempenho do advogado.
Independente da motivação, dizem os advogados assistentes de suspeito, Arnaldo Ramos e Wandergleisson Fernandes, o fato é que os dois acusados podem ser condenados por crime de homicídio e devem ser sentenciados com pena máxima.
O crime causou grande comoção e clamor popular, a ponto de a cúpula do Sistema de Segurança Pública do Pará ter determinado que uma equipe da Divisão de Homicídios de Belém se deslocasse da capital para investigar o crime. O empenho foi tamanho que no dia 9 de abril, portanto seis dias após o crime, os dois acusados já haviam sido presos e autuados pelo homicídio, embora tenham negado tais participações. A quando da prisão deles, não quiseram conversar com a imprensa e, no pouco que disseram, trataram de negar o crime.
Essa audiência desta quarta-feira é o primeiro passo, a chamada audiência de instrução e julgamento, onde devem ser ouvidas as testemunhas de acusação e posteriormente os acusados e defesa. Possivelmente este caso irá a julgamento ainda este ano.
MAIS DOIS
Outras duas pessoas foram processadas neste caso: o armeiro Raimundo Mariano, o “Almirante”, responsável em tentar modificar a arma usada no crime, um revólver calibre 38. (Diário do Pará)




