Faltam medicamentos, algodão, papel toalha, coletor de urina e caixas apropriadas para descarte de lixo hospitalar. Há pacientes deitados no chão e nos corredores. Não há enfermeiros suficientes para atender tantos pacientes. Falta limpeza no chão e recolhimento de lixo. Esse é o cenário Hospital Geral de Palmas (HGP) descrito por um profissional da enfermagem da unidade que pediu para não ser identificado.
“A coleta da urina do paciente estamos fazendo em garrafas de álcool. Há urina pelo chão e o hospital não é limpo”, contou o profissional, acrescentando que ele acredita que essa falta de limpeza pode ter levado ao foco de infecção, que causou a interdição da ala vermelha do hospital, onde fica a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Na última sexta-feira, 9, um foco de infecção, provavelmente causado por uma bactéria, foi identificado dentro da UTI, provocando a interdição da unidade. O profissional contou que o lixo hospitalar, como seringas e frascos de medicação, não está sendo descartado como deveria. “Não temos o que fazer. Estamos colocando em caixas de papelão mesmo”, disse.
Além da falta de limpeza e de material, de acordo com o profissional de enfermagem, em certos plantões ficam cerca de nove pacientes, a maioria deles acamados e com dreno, sob a responsabilidade de apenas um enfermeiro. “Faltam enfermeiros. Há pacientes por todo lugar, no chão e no corredor. O quantitativo de técnicos de enfermagem é insuficiente”, disse.
Em nota, a assessoria de comunicação da Pró-Saúde negou que haja falta de materiais, de medicamentos e que não haveria ainda pacientes deitados no chão e nos corredores. Negou também que o serviço de higienização e limpeza não estariam sendo realizados. Ainda segundo a nota, o HGP sofre com a superlotação e que o hospital não deixa de acolher nenhum paciente. Quanto ao número de enfermeiros e de técnicos em enfermagem, a Pró-Saúde declarou o hospital segue o que preconiza o Conselho Federal de Enfermagem. (Jornal do Tocantins)




