Não importa, ao certo, quando a travessia da balsa sobre o rio Tocantins, entre Imperatriz e a Bela Vista, começou. Com a liberação da ponte a balsa terá com a movimentação atual sua atividade encerrada. Vai para a história, de onde, da lembrança de cada um, sairão várias estórias.
De Imperatriz a Bela Vista, da Bela Vista a Imperatriz, quanta história! Quer uma? Imortalizada? Padre Josimo nela atravessou antes de tombar exangue. Quantos, homens e mulheres, encontraram na travessia, sob a poesia do por do sol ou de um luar, o prelúdio para uma cantata enamorada? E se um de nós fosse conversar com o barqueiro, quantas histórias, e num rasgo personalista que o testemunho acrescenta e enriquece quantas estórias dele arrancaríamos?
Iniciada por José Reinaldo, a ponte foi concluída por Jackson Lago e com a queda deste, coube a Roseana Sarney fazer seus acessos, viabilizando, assim, o tráfego. A ponte, porém, entre dois estados, geograficamente se recusa a ser de alguém. Na terra de Gonçalves Dias é preciso parodiar Castro Alves. – A ponte é do povo, assim. (Illya Nathasje)