A produção animal enfrenta desafios diários em termos de manutenção da saúde animal e preservação da higiene nos locais de criação. “A realidade de muitas propriedades rurais não é a ideal. Isso expõe os animais a diversos riscos, que podem comprometer a produtividade e a viabilidade econômica”, destaca o médico-veterinário Thales Vechiato, gerente de produtos para grandes animais.
A higienização inadequada das instalações rurais contribui para a proliferação de patógenos e parasitas, que podem levar a surtos de doenças, como brucelose e tuberculose. “Essas ocorrências, além de prejudicarem a saúde dos animais, comprometem a qualidade do leite e da carne e podem acarretar interdições sanitárias que interrompem as atividades comerciais”, informa Vechiato.
Conforme dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), as doenças infecciosas e parasitárias estão entre os mais importantes desafios da pecuária em termos de prejuízos econômicos. Em casos graves, podem reduzir em até 40% a produção de leite e carne, afetando diretamente a rentabilidade do negócio. Os custos com tratamentos e manejo emergencial elevam as despesas operacionais, colocando em risco a sustentabilidade das atividades.
“Quando uma fazenda é afetada por doenças, as consequências vão além das perdas imediatas de produção. Há também o risco de perda de animais e interrupção dos negócios, o que pode resultar em impactos econômicos de longo prazo. A falta de medidas preventivas adequadas coloca em risco a saúde dos animais e também a renda das famílias que dependem das atividades agropecuárias. A adoção de estratégias para o controle de doenças é importante para garantir a continuidade das operações e a saúde dos rebanhos”, afirma Thales Vechiato.
