A entrega da nova Ponte JK, que restabelece a ligação entre Maranhão e Tocantins pela BR-226, foi recebida com alívio e emoção por moradores dos dois lados do Rio Tocantins. Desde o desabamento da antiga estrutura, em dezembro de 2024, a rotina de milhares de pessoas foi impactada por desvios longos, prejuízos financeiros e até o afastamento de famílias. Agora, com a obra pronta, a travessia entre Estreito e Aguiarnópolis volta a ser feita com segurança e dignidade.
Para Dona Tereza Lima, de 64 anos, moradora de Aguiarnópolis, a reabertura da ponte representa mais do que praticidade. “Minha filha mora em Estreito e, depois do acidente, a gente diminuiu as visitas. Agora eu posso atravessar em minutos. Essa ponte trouxe nossa vida de volta”, contou, emocionada, durante a inauguração.
Quem também sente o impacto direto da mudança é João Marcelo, comerciante de 38 anos,. “Meu faturamento caiu quase 40% depois que a ponte caiu. Os caminhões pararam de passar, os clientes sumiram. Agora já estou recebendo pedidos de novo. A economia da cidade respira”, afirmou João, confiante em dias melhores.
Do outro lado do rio, em Estreito, a costureira Maria das Dores, de 52 anos, vê na obra uma reconexão com a esperança. “A gente sofreu muito com o que aconteceu. Muita tristeza. Mas agora eu vejo movimento, vejo gente passando, indo e vindo… isso é vida. É a cidade voltando a sorrir”, disse ela, observando o fluxo de veículos sobre a nova ponte, que tem 630 metros de extensão e padrões modernos de engenharia.
Já para o jovem estudante Lucas Batista, de 17 anos, a ponte é símbolo de oportunidade. “Eu estudo em Araguaína, e antes da queda da ponte eu fazia esse trajeto toda semana. Depois ficou ruim. A nova ponte vai me ajudar a manter meu sonho de fazer faculdade. Ela não é só concreto, é futuro”, afirmou o rapaz.
Com investimento de R$ 171,1 milhões e tecnologia que garante durabilidade e segurança, a nova Ponte de Estreito devolve muito mais do que mobilidade aos moradores da região: ela restaura vínculos, impulsiona a economia e resgata a confiança em dias melhores. A travessia, agora, não é apenas entre margens, mas entre o passado e um novo começo.
