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sábado, dezembro 6, 2025
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Moju amarga um ano de dificuldades diárias

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Nesta segunda-feira, 23 de março, a população do município de Moju, nordeste paraense, realizará um grande protesto com o objetivo de chamar a atenção para as dificuldades diárias que a população da região enfrenta desde o rompimento da ponte que passa sobre o rio Moju. O fato desencadeou uma crise no comércio local, afetou aulas nas escolas públicas e gerou mais insegurança na cidade – problemas que se estendem sem prazo aparente para terminar.

Segundo informações de moradores, as obras de reconstrução da ponte sobre o rio Moju caminham a passos lentos. Uma balsa colocada sob o vão da estrutura partida dá a impressão de um trabalho em andamento, no entanto menos de 10 operários trabalham no local, de acordo com denúncias.

A situação afeta muito além dos moradores de Moju. Quem precisa trafegar pela via entre municípios do sudeste do Estado e a Região Metropolitana tem amargado dias difíceis também. O problema chega até ao abastecimento das cidades, já que a rodovia é a principal via de acesso entre as regiões.

Esta semana os parlamentares paraenses cobraram na Assembleia Legislativa do Estado agilidade do Governo na resolução do problema.

A demora na conclusão do reparo agrava um problema que já era de difícil solução: além da estrutura que estava rompida, a ponte do rio Moju também apresenta novas fissuras em outros pontos da construção, o que deve demandar mais esforços e gastos por parte do Governo do Estado.

No nível macro da economia, a demora na conclusão das obras só aumenta os gastos públicos com mão-de-obra e transporte de veículos por meio de uma balsa alugada pelo governo. No nível microeconômico, a população de Moju começa a enfrentar uma situação de estagnação do comércio e das vendas.

Comércio estagnado

O comerciante Antônio Cassiano Neto, de 53 anos, costuma realizar o traslado pelo trecho do rio Moju de duas a três vezes por semana. Ele já enfrentou esperas que variam de três a cinco horas para chegar até o município de Moju.

“Esse é o pior Governo que o Pará já teve. O comércio tá parando, as vendas caíram. Os produtos estão ficando cada vez mais caros em Moju, e a população tá tendo dificuldade de consumir”, relata o comerciante.

Marcos Miranda, de 33 anos, é caminhoneiro há 10 anos e realiza o trajeto de Belém para Marabá, em média, três vezes por semana. Sem a ponte, há dias em que ele já aguardou cerca de cinco horas para realizar a travessia.

“Tudo isso aqui só gera aborrecimento e insatisfação em todo mundo. Quem vem da rodovia estadual em direção ao Moju, às vezes tem que esperar de duas horas a até cinco horas para embarcar. Tanto caminhoneiros como carros pequenos”, reclama Marcos.

Além da espera, alguns produtores e comerciantes têm prejuízos com a situação. Gilberto Abádio de Souza Junior, 36 anos, por exemplo, faz parte de um conglomerado de pecuaristas do sul e sudeste do Pará que transporta cargas vivas (como cabeças de gado, frango e suínos) e perde frequentemente cargas enquanto aguardam a travessia.

Gilberto reclama que mesmo com a pericibilidade do material transportado, não há nenhum tipo de prioridade na balsa: o resultado é que o pecuarista já perdeu até três cabeças de gado por dia.

“Teve uma vez que esperamos quase 24 horas para embarcar o nosso carregamento. Mesmo sabendo do nosso tipo de carga, que é gado vivo, temos que esperar do mesmo jeito, arriscando perder de duas a três cabeças de gado para fazer uma travessia”, desabafa. (Hélio Granado/DOL)

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