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sábado, dezembro 6, 2025
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Pará possui projetos para redução de emissões por desmatamento

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A compensação financeira pela Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação de Florestas (Redd) é uma possibilidade de motivar parceiros na preservação do meio ambiente no Pará. É isso que acreditam os membros Fórum Paraense de Mudanças Climáticas, que estiveram reunidos no curso introdutório sobre Redd, que iniciou no dia 25 e encerrou nesta quinta-feira (27), Centro de Convenções Computer Hall.

O encontrou reuniu representantes da The Nature Conservancy (TNC), WWF, Conservação Internacional (CI), Cooperação Técnica Alemã (GTZ), Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp), Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e prefeituras municipais de São Félix do Xingu, Altamira e Brasil Novo, interessados na implantação do Redd.

Segundo estimativas, dois terços das emissões anuais de CO² do Brasil provêm do desmatamento da Amazônia. Visando reduzir esses índices, já é pauta nas discussões internacionais sobre as mudanças climáticas, lideradas pela Organização das Nações Unidas (ONU), o pagamento pela Redd. O Idesp, integrante do fórum, é o precursor no debate sobre a questão. “O Idesp tem realizado esforços para estabelecer e instituir parâmetros para a certificação do Redd, além de instituir parcerias, divulgar e discutir o assunto”, afirma o diretor de Pesquisa e Estudos Ambientais do Idesp, Jonas Bastos Veiga. As iniciativas estão inseridas na Política Estadual de Enfrentamento das Mudanças Climáticas, juntamente com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

A iniciativa de pagamento pela Redd tem lugar de destaque por se tratar de um mecanismo internacional, que pode contribuir para diminuir as emissões por meio da compensação financeira aos países em desenvolvimento ou segmentos produtivos que mantiverem suas florestas preservadas. Nesse sentido, o Idesp, em cooperação com a Sema, realizou dois eventos sobre o tema no ano passado e tem acompanhado a implantação de projetos piloto do Redd.

Atualmente, os projetos estão em implantação em São Félix do Xingu, que está em segundo lugar na lista dos 43 municípios que mais desmatam na região amazônica, e em cidades da região da Calha Norte, em que se pretende contribuir com a conservação de 7.400.000 ha das Florestas Estaduais do Paru, Trombetas e Faro. “Queremos aprender mais e levar informações sobre o Redd ao nosso município, para que possamos trabalhar para conseguir benefícios na área ambiental”, afirma o representante da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Altamira, Marcelo Neves, que participou do curso.

Em São Félix do Xingu, município com área de 8.000.000 ha, situado no “Arco do desmatamento”, uma das fronteiras do planeta responsável por cerca de metade do desmatamento das florestas tropicais entre os anos de 2000 e 2005, o Governo do Pará tem parceria com a TNC, desenvolvendo um projeto-piloto de carbono florestal em larga escala. Parte da estratégia busca demonstrar a efetividade da conservação florestal na redução de emissões de carbono e na mitigação das mudanças climáticas. Na Calha Norte, o projeto objetiva atender as indicações da lei de macrozoneamento do Estado, assim como auxiliar a impedir o avanço da especulação fundiária e garantir a proteção ambiental dos recursos naturais da região. Nessa região, a parceria do Governo do Estado é com a Imazon, Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Instituto de Desenvolvimento Florestal (Ideflor) e GTZ. (Yvana Crizanto)

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