Amigos e parentes de Bruno Kauan Ferreira dos Santos, de um ano e meio, morto após aguardar cerca de cinco horas por uma UTI, em Colinas do Tocantins, norte do estado, fizeram um protesto no fim da tarde desta quinta-feira (29), depois do enterro do menino. O pai de Bruno, Djone Ferreira dos Santos, de 28 anos, disse que pelo menos 200 pessoas estiveram presentes na manifestação, que percorreu as ruas da cidade.
A criança sofreu uma parada cardiorrespiratória e entrou em coma, na última quarta-feira (28), após se engasgar com um alimento. Ela foi atendida no Hospital Municipal de Colinas, onde retiraram o alimento, mas como Bruno ficou muito tempo sem respirar, acabou entrando em coma e precisava ser internado em uma UTI.
Santos disse que a mãe do garoto está muito debilitada com o ocorrido e que o casal considera tanto a Prefeitura de Colinas do Tocantins quanto o Governo do Estado como responsáveis pela morte do garoto. O hospital onde o menino recebeu atendimento é administrado pelo município e não possui UTI. Por isso, a unidade solicitou uma UTI aérea para socorrer Bruno, só que a empresa não realizou o atendimento porque o Estado tem uma dívida de quase R$ 3 milhões com a empresa que realiza o serviço.
O pai da criança afirma que a cidade está chocada com a morte de Bruno. Colinas do Tocantins tem pouco mais de 33 mil habitantes. Ainda segundo Santos, outro protesto está sendo organizado para a próxima terça-feira (3). A família pretende realizar a manifestação em frente a prefeitura e uma casa que pertenceria ao governador Sandoval Cardoso (SD). ( G1 TO. Foto: Vereador Júnior Pacheco/Divulgação)
