
Após visita no centro de saúde Hiroshi Matsuda, em Marabá, no sudeste do estado, a promotoria de justiça do Ministério Público do Pará (MPE) constatou que o local está abandonado. Servidores teriam parado suas atividades para protestar contra as péssimas condições do prédio.
De acordo com o MPE, os funcionários relataram diversos problemas, como falta de ar condicionado nas salas, fossa irregular e sem manutenção, e estufa sem funcionamento. Também foram constatados na visita problemas com bebedouro, portas quebradas, fechaduras com defeito e falta de armários.
Além disso, no consultório de um médico ortopedista, o ar condicionado não funcionava e a porta estava deteriorada. No corredor, janelas quebradas; a sala de hiperdia e a de triagem sofriam dos mesmos problemas. A recepção não tem estrutura para acomodar a quantidade de pessoas atendidas no centro, cerca de 350, atualmente.
O consultório odontológico possui equipamentos instalados, mas o quadro de energia não suporta a carga quando ligados. As constantes quedas de energia também não possibilitam o uso desses aparelhos, por risco de danificá-los. A sala de endemias tem apenas um microscópio, considerado insuficiente para a realização dos trabalhos. Faltam impressoras, armários e o conserto da porta.

Saúde próximo da data de vencimento
(Foto: Divulgação)
Apenas um médico atende no centro – um dentista – e a recepção não tem suporte para atender a demanda de pacientes. Foi relatado à promotora que os médicos não cumprem o horário de trabalho, destacando a necessidade um ponto eletrônico para acompanhar a entrada e saída de funcionários.
Atendimento
Não há sistema informatizado para atender os pacientes, que têm as fichas organizadas por número de protocolo manual. Se estas não são encontradas com o paciente, uma nova ficha é feita e os dados, anteriormente preenchidos, são perdidos.
Segundo a promotora de Justiça Mayanna Silva de Souza Queiroz, os medicamentos encaminhados ao centro são feitos próximo à data de vencimento, o que leva à perda destes. Além disso, o material não possui acondicionamento adequado.
A vistoria feita pelo Ministério Público foi acompanhada pelo gerente da unidade, Almerindo Ferreira. Na ocasião, servidores estavam em reunião junto com a Secretaria municipal de Saúde (Sesma), representantes da Procuradoria geral do município (Progem), Sintesp e a gerência do centro Hiroshi Matsuda. (G1- Pará)




