Ao lançar nesta quinta-feira, 20, o edital das obras de derrocamento do Pedral de Lourenço, que vai melhorar a navegabilidade do Rio Tocantins, a presidenta Dilma Rousseff disse que a criação da Hidrovia Araguaia-Tocantins é estratégica para o escoamento da produção, principalmente de grãos, das regiões Norte e Centro-Oeste do país, que hoje saem pelos portos de Santos e Paranaguá.
“Isso mostra a importância da hidrovia em termos de custo, de ligação dessa região, onde está uma parte do futuro do Brasil, porque chegamos nessa região por último – o Brasil começou pelo litoral. Este século é o século da interiorização do Brasil, do Centro-Oeste, do Norte. Daí porque hoje é um momento histórico, estamos fazendo o primeiro grande movimento para viabilizar uma das mais importantes hidrovias do país”, destacou a presidenta, em discurso.
As obras de derrocamento compreendem um trecho de 43 quilômetros e permitirão que comboios de carga naveguem nos períodos em que o nível da água do Tocantins fica muito baixo, entre setembro e novembro. Segundo Dilma, além de regionalizar o escoamento da produção, o modal hidroviário é mais barato. Segundo ela, o custo é 50% mais baixo do que em uma rodovia. “Um comboio na hidrovia, com 6 mil toneladas, representa quatro chatas e um empurrador, o que equivale a 172 carretas enfileiradas, em torno de 26 quilômetros de carretas”, comparou a presidenta.
De acordo com a presidenta, a abertura da hidrovia deverá também aumentar as chances de instalação de um complexo siderúrgico no município paraense de Marabá, uma demanda antiga da região. “A hidrovia é a melhor logística possível: resolve uma das questões muito importantes para fazer o polo siderúrgico aqui”, acrescentou.
Na mesma cerimônia, Dilma fez a entrega simbólica de chaves de 110 máquinas a prefeitos de 89 municípios paraenses. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário, foram entregues 80 caminhões-caçamba e 30 motoniveladoras. Os equipamentos fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2 Equipamentos) e deverão beneficiar 96 mil agricultores familiares no estado, auxiliando na manutenção de estradas vicinais.
De Marabá, Dilma seguiu para Imperatriz-MA, onde participou da inauguração da nova fábrica da Suzano Papel e Celulose.




