Representantes do Tocantins participam, em Belém, no Pará, do Seminário Amazônico que acontece desde o dia 26 e segue até amanhã. O evento aborda temas referentes aos impactos dos grandes projetos econômicos na região amazônica, e conta com a participação de vários movimentos sociais que atuam na Amazônia Legal, entre eles, a Comissão Pastoral da Terra(CPT), Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Pastoral da Juventude Rural (PJR), Movimento Sem Terra(MST), Via Campesina e Fórum da Amazônia Oriental(Faor).
Antônio Apinajé, representante no seminário da aldeia São José, em Tocantinópolis, diz que grandes projetos trazem somente o desenvolvimento econômico, não social. “Nas aldeias (os projetos) não têm retorno na saúde, e não há estradas para chegar às aldeias, a situação é inaceitável”, diz.
A abertura do evento aconteceu na última segunda-feira,com uma palestra do Bispo de Xingú (PA), Dom Erwin Kratle, atuante em Altamira-PA. Até esta quinta-feira, os participantes buscarão questionar e criar alternativas sobre os conflitos gerados pelos grandes projetos econômicos no âmbito ambiental, como usinas hidrelétricas.
Segundo Sara Sanches, membro do Cimi, obras de hidrelétricas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) afetam direta e indiretamente algumas áreas indígenas, como a Apinajé, no município de Tocantinópolis, a 531 quilômetros de palmas. Segundo Sara, a usina de Belo Monte, no Pará, atingirá duas tribos tocantinenses, Apinajé e Krahô, ambas situadas no Norte do Estado, e outras duas no Maranhão, Krikati e Gavião. São questões como essas que estão em debate no seminário. (Lara Francielly)




