O Diretório Regional do Partido dos Trabalhadores (PT) aprovou ontem, sexta-feira,23, com o voto favorável de 27 dos seus 51 membros, a participação oficial da legenda no governo Roseana Sarney (PMDB). A decisão formaliza a parceria administrativa que já existia na prática desde a posse de Roseana, em abril de 2009.
A decisão de aprovar a aliança administrativa nada tem a ver com coligação partidária entre PT e PMDB para as eleições de 2010. É mais um indicativo, no entanto, de que o partido caminha para formalizar também o apoio político à governadora, embora o Encontro de Tática Eleitoral do PT, realizado em março deste ano, tenha decidido – por frágil maioria – indicar a aliança da legenda com o PCdoB, que pode ser modificada até a convenção partidária, no mês de junho.
Nomeados
O PT tem hoje três secretários no governo Roseana Sarney, mas participa da administração desde abril de 2009, quando José Antonio Heluy foi nomeado titular da Secretaria de Trabalho e Economia Solidária. Não-oficial, a presença de José Heluy gerou questionamentos da ala que até então comandava a legenda no Maranhão, mas foi aceita pela Executiva Nacional do PT.
Os dois outros secretários petistas assumiram este ano com a reforma administrativa originada pela saída dos secretários que irão disputar as eleições de outubro. O professor Anselmo Raposo assumiu a Secretaria de Educação. Para a pasta do Desenvolvimento Social, foi indicado o sindicalista Edmilson Santos. “Pela primeira vez o PT tem a oportunidade de ter uma participação importante no poder”, destacou o ex-deputado federal Washington Oliveira.
A aprovação da participação oficial do PT no governo mostra também que a decisão do Encontro de Tática Eleitoral foi sazonal e que a maioria do partido – embora rachada – quer a aliança com o PMDB. A opção pela aliança com o PCdoB está sendo questionada no diretório nacional, por suspeita de irregularidade.
Caso decida pela aliança com o PMDB, o PT poderá ter, além das três secretarias, o candidato a vice-governador ou a senador do grupo liderado por Roseana, uma participação política nunca experimentada pela legenda no Maranhão. A polêmica em torno da aliança eleitoral do PT deve durar até as convenções de junho. (iMirante)




