O governo do Maranhão confirmou na noite desta segunda-feira (6) que aceitou a oferta de vagas do Ministério da Justiça para transferir presos perigosos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas para presídios federais.
A unidade é o centro da crise de segurança enfrentada pelo Estado, alvo de uma série de ataques a ônibus e delegacias desde a última sexta-feira (3).
Uma das vítimas dos atentados, Ana Clara Santos Sousa, 6, morreu nesta segunda-feira. Ela estava em um dos quatro ônibus incendiados e teve 95% do corpo queimado.
O governo maranhense diz que os ataques foram ordenados de dentro do complexo de Pedrinhas. A gestão ainda não definiu quais líderes das facções criminosas que atuam no local serão transferidos.
Em nota divulgada nesta segunda, a governadora Roseana Sarney (PMDB) se disse “revoltada” com as ocorrências e manifestou solidariedade à família de Ana Clara.
“Reafirmo a minha determinação de combater o crime e o tráfico de drogas. Não seremos subjugados e nem nos deixaremos amedrontar por criminosos. Não fugirei à minha responsabilidade”, declarou.
Roseana disse ainda “esperar uma pronta resposta da Justiça” e informou que encaminhou à Procuradoria-Geral da República um relatório sobre providências tomadas para resolver a crise no sistema carcerário do Estado, atendendo a um pedido da instituição.
A governadora afirmou ter detalhado um plano de investimentos de R$ 131 milhões na construção de novos presídios, equipamentos, reforma e manutenção das unidades existentes.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve analisar a resposta do governo estadual para decidir se pedirá intervenção federal no Maranhão.




