O GCCO – Grupo de Combate ao Crime Organizado, da Polícia Civil, desarticulou um imóvel que funcionava como fábrica e oficina clandestina de armas de fogo, no município de Redenção, no sudeste paraense. No local, um arsenal formado por 17 armas de fogo, além de munições, foi apreendido. Formada pelos delegados Alberto Henrique Teixeira de Barros e Samuelson Yoiti Igaki, escrivão William Martinez Costa Braga e investigadores Antônio Olímpio Barros da Rocha e Nelson Costa, a equipe deu cumprimento ao mandado de busca e apreensão expedido pelo juiz de Direito, da 3° Vara da Comarca de Redenção, Fábio Penezi Póvoa.
No local, situado na Rua do Barbosa, s/n°, Setor da Serrinha, município de Redenção/PA, mora Neilson Ribeiro dos Anjos, 38 anos, conhecido por “Cabeludo”, natural de São José da Safira (MG). Os policiais, durante o cumprimento da ordem judicial, fizeram minuciosa revista na residência, onde também funcionava a oficina clandestina. No imóvel, Neilson fabricava e fazia reparos em armas de fogo a pedido de fazendeiros, colonos e pessoas ligadas a crimes no município. O flagrante ocorreu durante as investigações do homicídio do sindicalista Pedro Alcântara, que era presidente da FETRAF (Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar), na região.
Os policiais apreenderam 13 cartucheiras, duas delas de calibre 16, oito de 20, duaNeilson dos Anjos está presos de 12 e outra com vareta, do tipo “por fora”; um rifle de calibre 22; uma garrucha calibre 22, sem marca de fabricante nem numeração; uma pistola calibre 6.35, e um revólver calibre 38 marca Rossi. Além do armamento, foram apreendidos diversos apetrechos para manutenção, reparo e fabricação de armas de fogo curtas e longas, de diversos calibres.

Também foram achados no local seis munições intactas compatíveis com calibre 38 e outras oito munições, também intactas, para calibre 22. ainda, durante a revista no local, os policiais localizaram um cartucho intacto para calibre 12 e 20 outros cartuchos já deflagrados para calibres diversos, além de duas lunetas telescópicas para arma de fogo de longo alcance.
Diante disso, o acusado foi conduzido à sede da Delegacia de Conflitos Agrários (DECA), em Redenção, para ser enquadrado em flagrante pelos crimes. O delegado Alberto Teixeira explica que as investigações sobre a morte de Pedro Alcântara continuam.
Até o momento, onze pessoas já foram presas e grande quantidade de armas, munições e drogas foi retirado de circulação. “As prisões e apreensões repercutirão, sobremaneira, na redução dos crimes urbanos e rurais que acontecem no município”, ressalta o delegado.
As operações do GCCO atendem as determinações do delegado-geral da Polícia Civil, Raimundo Benassuly, e do diretor de Polícia do Interior, delegado Miguel Cunha, para repreender energicamente as ações criminosas na região.




