O Tocantins passou do 21º lugar no ranking nacional de ataques a bancos para a 18ª posição neste ano. A mudança é resultado do aumento de 60% nesse tipo de ação criminosa no Estado, que saltou de dez casos no primeiro semestre de 2012 para 16 no mesmo período de 2013. Os dados são da 5ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, elaborada pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
Em todo o País, os ataques a bancos alcançaram 1.484 ocorrências no primeiro semestre de 2013. Uma média assustadora de 8,24 por dia, o que representa um crescimento de 17,7% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 1.261 ataques, sendo 377 assaltos e 884 arrombamentos. Segundo a Contraf, os dados completos deste ano devem ser divulgados no próximo mês de janeiro.
Insegurança
A fragilidade na segurança de agências bancárias e Correios pode estar contribuindo com o aumento de assaltos, arrombamentos e explosões de caixas eletrônicos. O problema foi apontado pelos sindicatos dessas categorias, que dizem ficar preocupados com a insegurança. Na última terça-feira, um grupo fortemente armado composto por sete homens invadiu e assaltou duas das três agências bancárias do município de Araguaçu, no Sul do Estado.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos do Estado (Sintect), José Aparecido Rufino, a insegurança é um fator predominante ao aumento das ocorrências. “Se houvesse uma segurança armada e detector de metal, poderia inibir os crimes, pois dificultaria a ação dos bandidos. Sem isso, a categoria fica totalmente insegura, alguns não resistem e ficam com problema psicológico.”
Rufino informou que o sindicato está ingressando com uma ação civil pública contra os Correios no Ministério Público Estado (MPE) pedindo a implantação de detectores de metal em todas as agências do Estado. Ele acrescentou que, neste ano, foram registradas no Tocantins 37 ações criminosas entre assaltos e sequestros.
O presidente do Sindicato dos Bancários do Tocantins (Sintec-TO), Crispim Batista Filho, também compartilha a mesma preocupação. “Quem sofre mais são as cidades do interior. O Estado tem que dar segurança à sociedade. Além de cobrar do Estado, também cobramos dos bancos para que cumpram a política de segurança. Também acompanhamos os trabalhadores para saber se o banco está dando o suporte necessário quando o funcionário precisa”, destacou. Filho estima que, neste ano, mais de 15 agências bancárias foram alvos de bandidos, no Tocantins. (Contraf e Jornal do Tocantins)
