Professores da rede municipal de ensino de São Luíz continuam com a paralisação de advertência nesta quinta-feira, 15. A manifestação será na Praça Deodoro. Ontem, quarta-feira, 14, cerca de 500 professores ficaram reunidos em frente ao Palácio de La Ravardière, sede da Prefeitura, em reivindicação por reajustes nos salários. Com a paralisação, mais de 100 mil estudantes estão sem aulas.
De acordo com informações do SINDEDUCAÇÂO – Sindicato dos Profissionais do Magistério do Ensino Público de São Luís, a Prefeitura tem que reajustar os salários dos professores em 27,14%, sendo 16,92% em relação às perdas de 2009 e 10,22% em relação a 2010. O reajuste se refere também ao aumento das verbas repassadas pelo governo federal ao município, por meio do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Eles também querem o cumprimento de progressões, titulações, gratificações por locais de difícil acesso que não estariam sendo cumpridas por parte do poder público municipal.
O Imirante tentou contato com membros do SINDEDUCAÇÂO, na tarde desta quarta-feira, 14, mas não foi atendido. Em entrevista ao jornal O Estado, em matéria publicada na edição de ontem, Lindalva Batista alega que a Prefeitura não sinalizou interesse em negociação.
Outro lado
A secretária municipal de Educação, Sueli Tonial, contudo, afirmou que as negociações com os professores estão ocorrendo, mas que a pauta de 2010 ainda não está sendo trabalhada. “Estamos, sim, conversando e negociando, num clima bastante tranquilo. A prefeitura vem atendendo, atendendo e atendendo tudo que eles têm reivindicado. Até me supreendi com essa paralisação. Não havia clima para isso, não precisava”, declarou ela ao Imirante.
Em 2009, segundo Sueli Tonial, foi dado um reajuste de 8% aos professores, e, no próximo mês de maio, será concedido um aumento de progressão horizontal e vertical. Ela afirma que o salário dos docentes da rede municipal de ensino, que tem piso em R$ 1.300,00, é um dos maiores do país e acima do piso nacional. “Espero que não haja outros interesses aliados a esse movimento”, destacou a secretária.
Ela ressaltou que um aumento no repasse do Fundeb – uma das justificativas utilizadas pelos professores para um reajuste – não significa aumento de orçamento da Educação. “O repasse no Fundeb aumentou porque a prefeitura arrecadou menos no ano passado e, consequentemente, a verba do programa federal teve que ser maior para chegar o valor médio de R$ 1.400,00 por aluno. Apenas uma complementação, uma compensação”, explicou ela, dizendo que se os professores demandarem uma reunião e continuação das negociações, ela irá atender. (iMirante)




