Manifestantes seguem com a interdição da rodovia BR-163, na entrada do município de Novo Progresso, no sudoeste do Pará. Nesta segunda-feira, 7, eles colocaram cerca de 100 toras de madeira na pista e não permitem a passagem de nenhum veículo.
O bloqueio, que já dura sete dias, é realizado por garimpeiros, comerciantes, madeireiros e assentados que vivem no Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Terra Nossa, no município. Segundo o presidente do Sindicato dos garimpeiros de Novo Progresso, João Garimpeiro, os manifestantes querem a redefinição dos limites da Floresta Nacional (Flona) do Jamanxi, o livre acesso de garimpeiros na região da Flona e na Área de Proteção Ambiental (APA) do Tapajós, além de exigir que o Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra) resolva o impasse entre os assentados do PDS Terra Nossa e posseiros.
Na última sexta-feira (5), um caminhoeiro tentou furar o bloqueio feito pelos manifestantes, mas foi impedido e teve parte da carga transportada lançada sobre a pista.
De acordo com o o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela área, a redefinição de limites da floresta nacional está sendo estudada entre o Instituto, o poder público e as lideranças locais para encontrar uma solução. Ainda segundo o ICMBio, a as ações de fiscalização realizadas na área fazem parte da Operação Hiléia Pátria, que ocorre em algumas regiões do país com altos índices de desmatamento, entre elas o eixo da BR-163, e da qual participam instituições como o Exército, Ibama, Força Nacional e Polícia Rodoviária Federal.
A reportagem procurou representantes do Incra de Marabá, mas foi informada que nenhuma pessoa iria se manifestar sobre a situação nos assentamentos.
