Nove lideranças do PMDB no Tocantins formalizaram nesta terça-feira, 19, um pedido de intervenção no Diretório Estadual da sigla. O pedido foi direcionado ao presidente do diretório nacional, Valdir Raupp, e é assinado pelos ex-governadores Marcelo Miranda, Carlos Gaguim e Moisés Avelino, pelos ex-presidentes da legenda Osvaldo Reis, Leomar Quintanilha, Derval de Paiva, Merval Pimenta e Eudoro Pedrosa, e pela presidente do PMDB Mulher, deputada estadual Josi Nunes,
Eles se reuniram com Valdir Raupp e agora têm reunião agendada com com o vice-presidente da República, Michel Temer, para tratar do assunto.
No texto, eles alegam “profundo descontentamento de ampla maioria da base partidária, com os rumos dados ao partido pela atual diretoria”, que é comandada pelo deputado federal Júnior Coimbra. Ainda no documento, eles apontam três razões para o pedido de intervenção: primeiro, evitar coligação com outros partidos “em flagrante desacordo com a orientação nacional”; segundo, assegurar a disciplina e democracia interna, alegando que o partido realiza eleição para preencher cargos desrespeitando o direito das minorias; e, terceiro, reorganizar as finanças do diretório, “que tem recebido repasses protegidos por liminar judicial”.
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Para justificar o primeiro argumento, ele recorreram a notícias veiculadas pela imprensa. Primeiro citam no texto que “Coimbra viabiliza aliança e composição do PMDB com o governo de Siqueira [Campos] e afirma não ter mais interesse no Rced [recurso contra expedição e diploma movido contra o governador]”; em seguida dizem que “Ricardo Aires (PMDB) defende viabilidade de candidatura de Eduardo Siqueira Campos (PSDB)” e, por fim, “PMDB quer secretarias para efetivar alianças com o governador Siqueira Campos (PSDB)”.
O PMDB está rachado desde as articulações que culminaram com o apoio da sigla a candidatos palacianos nas eleições municipais do ano passado – mais especificamente em Palmas (onde o PMDB foi vice de Marcelo Lelis, do PV) e Araguaína (onde foi vice de Ronaldo Dimas, PR).
Os principais líderes do PMDB reagiram contra a condução do presidente regional, deputado federal Júnior Coimbra, e seus aliados. Grande parte dos membros da Executiva regional renunciou para garantir a dissolução do diretório, mas, depois de uma briga jurídica (que continua em andamento), Coimbra foi mantido no comando da legenda.
Os postulantes ainda alegam que, sem a intervenção, não terão assegurado o bom desempenho eleitoral do partido em 2014. (Portal CT)
