Em uma reunião coordenada pela Secretaria de Estado de Pesca e Aquicultura (Sepaq), da qual participaram representantes do Sindicato da Indústria da Pesca e Aquicultura do Pará e Amapá (Sinpesca), setores da indústria e associações de feirantes, foi definido na tarde desta quarta-feira, 3, o preço do pescado a ser comercializado nas Feiras do Peixe Vivo e do Peixe Popular, visando o abastecimento para a Semana Santa. As espécies piramutaba e bagre serão vendidas a R$ 3,00 o quilo. Já o preço da pescada branca e da dourada não ultrapassará R$ 4,50 o kg.
Serão colocadas à venda 530 toneladas de pescado, de 31 de março e 1º de abril, data da realização das Feiras do Peixe Vivo e do Peixe Popular em 11 pontos de comercialização na capital e em mais 50 municípios. Os preços das outras espécies serão definidos nesta quinta-feira, 4.
O secretário-Adjunto da Sepaq, Constantino Alcântara, explicou como é possível garantir esses preços numa época em que o consumo aumenta e a tendência é a elevação dos preços. “Espécies como a piramutada e o bagre têm baixo valor comercial para a exportação, por isso podem ser vendidas no mercado interno a valores bem abaixo dos praticados normalmente. Outro fator significativo é o pacto que firmamos com a indústria pesqueira e os produtores, que repassam o pescado a preços de custo para as associações comercializarem nas Feiras do Peixe Vivo e do Peixe Popular”, esclareceu Alcântara. Ele afirmou ainda que as associações de feirantes abrem mão de parte do lucro para garantir o pescado a preços acessíveis nesta época do ano.
O presidente da Associação dos Feirantes de Belém, Dinho de Oliveira, reconhece o caráter social das feiras organizadas há cinco anos pelo governo do Estado, sob a coordenação da Sepaq. “O importante, nesse caso, não é apenas o nosso lucro, mas garantir peixe barato e de qualidade para a população”, disse ele.
Organização
O representante do Sinpesca, Francisco de Paula Batista Neto, reconheceu que desde que a Sepaq passou a organizar as feiras todo o processo melhorou muito. “Há alguns anos tentei vender pescado no Mangueirão (área externa do estádio Mangueirão) e saí de lá debaixo de protestos da população. Fiz tudo sozinho. Foi muito difícil. Hoje, fóruns como este que a Sepaq organiza fazem tudo ficar mais fácil. Ganhamos nós e ganha a população”, destacou.
Ainda nesta semana a Sepaq divulgará, em uma ampla campanha na mídia regional, os pontos onde serão realizadas as feiras do Peixe Popular e do Peixe Vivo. Serão divulgadas também informações sobre a importância do consumo de pescado para a saúde.
Em breve, deverá ser publicado o decreto que proíbe a saída do pescado do Estado no período de 18 de março a 1º de abril. “O principal objetivo da governadora Ana Júlia Carepa ao editar este decreto é garantir que os paraenses tenham peixe farto na mesa”, concluiu Alcântara.




