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quinta-feira, dezembro 18, 2025
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Dinheiro não é sinônimo de desenvolvimento em municípios tocantinenses

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20121113201827_araguainaUm orçamento mais volumoso não é sinônimo de melhor oferta de serviços públicos como educação, saúde e oportunidades de emprego e geração de renda. Um município com modesta receita total e baixo Produto Interno Bruto (PIB) pode obter melhor desempenho em indicadores de desenvolvimento, assim como ocorre o contrário com municípios de orçamentos maiores. A partir de um cruzamento de dados da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), distorções podem ser encontradas na relação entre os volumes de receitas, transferência constitucional, PIB, PIB per capita e o Índice da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro de Desenvolvimento Municipal (IFDM). O índice avalia as áreas de emprego e renda, educação e saúde, com base nos dados do governo federal.

Tomando como ponto de partida o IFDM 2010, divulgado no final do ano passado pela Firjan, os números de oito municípios tocantinenses melhor colocados no ranking de desenvolvimento municipal se constata que dentre esses municípios, Crixás do Tocantins,  com a menor receita total apurada em 2011 (R$ 7,8 milhões) e o menor PIB apurado em 2010 (R$ 23,6 milhões), é o sexto colocado no ranking do índice Firjan (0,7093) e o quarto no PIB per capita (R$ 15.095,59). Crixás, que está localizado a 161 km de Palmas, tem 1.578 moradores.
O menor IFDM na lista desses oito municípios pertence a Paraíso do Tocantins, com índice 0,6655. No entanto, é o quinto colocado em receita total (R$ 60,6 milhões) e no PIB (R$ 583,6 milhões), e apenas o sétimo no PIB per capita (R$ 13.135,39).

Posições

A Capital só não lidera no PIB per capita, sendo o terceiro colocado (R$ 17.203,23). Palmas lidera em receita total (R$ 531,05 milhões), PIB (R$ 3,9 bilhões) e IFDM (0,8644). Já o município de Araguaína, que detém a segunda maior economia do Estado, com PIB de R$ 1,9 bilhão e receita total de R$ 200 milhões em 2011, é o oitavo no PIB per capita (R$ 12.774,48) e o terceiro no índice de desenvolvimento municipal (0,7417), ficando atrás, neste último quesito, do município de Gurupi (0,7668), segunda maior economia do Estado, com PIB de R$ 1,1 milhão e receita total apurada em 2011 de R$ 146,5 milhões.
Pedro Afonso, Porto Nacional e Alvorada, respectivamente quarto (0,7390), quinto (0,7191) e sétimo (0,6734) colocados no índice Firjan, também apresentam contradições interessantes. Pedro Afonso detém o maior PIB per capita no grupo dos oito municípios analisados a partir do IFDM, com R$ 19.124,41. Alvorada vem em seguida, com PIB per capita de R$ 17.708,41; enquanto Porto Nacional, ao contrário, tem maior receita (R$ 63,2 milhões) e PIB (R$ 670 milhões) e menores índice Firjan e PIB per capita (R$ 13.652,27).

Gestão

O professor da Universidade Federal do Tocantins (UFT) José Manoel Miranda, que pesquisa sobre política e desenvolvimento urbano, alerta que é preciso tornar os municípios mais eficientes, desenvolver boas ações e procurando as fontes econômicas da região. “Muitas vezes o município é rico economicamente e pobre financeiramente”, diz.
Ele cita como exemplo municípios com grandes propriedades rurais, cujos proprietários não residem no local. Para ele, o prefeito precisa incentivá-los a ter escritório na cidade e investir no município. “Agora, para sair dessa situação, não basta criar uma agenda, é preciso colocá-la em prática e realizar uma boa gestão”, afirma. (Jornal do Tocantins)

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