Um homicídio chocou os habitantes de Darcinópolis. O aposentado Justino Pereira de Sá, 68 anos, foi executado com seis tiros no meio da rua, por volta das 9h30 de ontem. O acusado do crime é um sargento da Polícia Militar (PM).
O idoso estava executando a limpeza de um lote próximo à sua casa, quando um adolescente o atingira com pedradas, ele então teria xingado o jovem e o ameaçado com uma foice. A mãe do rapaz então acionou a PM. Ao chegar ao local, os PMs encontraram o idoso descontrolado e com um facão em mãos, então o sargento Gilmar teria efetuado os disparos contra ele, que morreu no local. “O sargento deu o primeiro tiro na perna dele, então ele caiu de joelhos e levantou as mãos. Nesse momento, mesmo ele estando indefeso, o policial efetuou mais cinco disparos no tórax e no rosto dele”, contou uma testemunha que não quis ser identificada.
De acordo com a sobrinha da vítima, Geane Rocha, o idoso tinha distúrbios mentais há quatro anos e vinha tomando medicação controlada. Ela conta ainda que algumas crianças vizinhas, sabendo do problema do idoso, costumavam atormentar o tio com pedradas. “Os policiais sabiam que ele tinha problemas mentais, não deviam ter feito isso com meu tio. Queremos Justiça, queremos que esse policial seja responsabilizado pelo que fez”, afirmou Geane.
“Ele não era agressivo, sou vizinha dele há 20 anos e nunca tivemos uma desavença. O garoto é que costumava provocá-lo, sabia que ele tinha problemas mentais e gostava de deixá-lo irritado. O policial poderia ter agido de outra forma, foi uma covardia o que ele fez”, lamenta a vizinha sem se identificar por medo de sofrer represálias. Entre os vizinhos, bastante revolta e lamentações.
“Ele era um trabalhador. Todos os anos ele roçava esses lotes baldios aqui em volta, para manter a limpeza do nosso setor. E sempre fez isso de graça”, conta outro vizinho, indignado com o acontecido. O sargento envolvido no caso não foi encontrado para comentar o ocorrido.
A assessoria de comunicação da PM informou que a corporação deve se manifestar hoje sobre o caso. A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o homicídio. (Jornal do Tocantins)




