A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), em Paragominas, nordeste do Estado, acompanha por meio de uma Unidade de Observação, o desenvolvimento do processo que pretende garantir a produção de manga durante dois períodos do ano. O trabalho, que é pioneiro no Pará, baseia-se em uma indução floral para produção na entressafra, que acontece de abril a outubro.
Na Fazenda Manga Larga, de propriedade do agricultor Gilson Gomes, foram plantados 1,7 mil pés de manga das variedades Tommy e Palmer, escolhidas por serem as mais consumidas no Brasil e adaptadas ao clima regional, Além de não terem fibras, são de boa aparência e de sabor muito agradável.
O plantio reaproveita uma área degradada e recebe todo o controle de adubação, com a utilização de esterco de gado e caroço de açaí. O processo melhora as características do solo e consequentemente a qualidade do produto. Outra preocupação da Emater é o combate a pragas e doenças que podem comprometer o fruto, como a antracnose. O fungo, apesar de atacar a casca e a polpa do fruto não traz prejuízo para o ser humano, no caso de consumo.
Segundo Roberto Yanês, engenheiro agrônomo da Emater, 95% da manga consumida no Pará é importada do Nordeste do Brasil. Neste momento, em plena safra da fruta, o quilo é comercializado, em média, a R$ 3,50, podendo chegar a R$ 8,00 no período da entressafra. A expectativa da Emater é que cada mangueira produza, anualmente, pelo menos 45 quilos de fruto.




