A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) realizou, nos dias 30 e 31 de outubro, no auditório do Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, I Oficina de Regulação das Urgências do Pará. Organizada pelo Departamento de Atenção Integral às Urgências e Emergências (Daiue) da Sespa, o objetivo da oficina foi capacitar os profissionais de saúde que já atuam ou vão atuar nas Centrais de Regulação Médica de Urgência e no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
A abertura do evento foi feita pelo secretário de Estado de Saúde Pública, Helio Franco; pelo diretor do Daiue, Paulo Campos; e pelo cirurgião do trauma e assessor técnico do Ministério da Saúde, Clóvis França. Paulo Campos espera que a oficina seja interessante para esclarecer os principais pontos a respeito do funcionamento da regulação médica das urgências no Estado do Pará.
Ele explicou que o papel de cada Central de Regulação é integrar as unidades móveis (ambulâncias, ambulanchas, avião e helicóptero) com as unidades fixas, que são as salas de estabilização no Marajó, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), hospitais de pequeno porte (HPP) e Hospitais Estaduais e Regionais. “As Centrais de Regulação são construídas e equipadas com recursos exclusivos do Ministério da Saúde, já o custeio é mantido com recursos dos governos federal e estadual, entrando cada um com 50% da verba. Porém as Centrais são gerenciadas totalmente pela Sespa, com recursos humanos contratados pelo Estado, que são os médicos reguladores, os telefonistas auxiliares de regulação médica e rádio-operadores”, detalhou o diretor do Daiue.
“As Centrais de Regulação vão encaminhar o paciente para o local adequado de acordo com o seu quadro clínico, por isso é fundamental que os profissionais estejam preparados para o serviço”, ressaltou Paulo Campos. Sobre o Samu, ele informou que as ambulâncias vão ficar em pontos estratégicos, para chegarem mais rapidamente aos locais dos acidentes. As ambulâncias de suporte básico contam com motorista e técnico de enfermagem enquanto as de suporte avançado dispõem de motorista, médico e enfermeiro. Além das ambulâncias, o Estado conta com o serviço aeromédico, dispondo de avião e helicóptero para remoções.
O Pará terá oito Centrais de Regulação das Urgências, instaladas nos municípios de Capanema, onde uma já está funcionando desde fevereiro deste ano; Altamira, com previsão de inauguração em dezembro; Conceição do Araguaia, Breves, Barcarena, Marabá, Santarém e Belém, abrangendo dessa forma todas as regiões do Pará. No que tange às UPAs, o Pará terá 45 unidades, sendo que quatro já estão em pleno funcionamento em Belém, Ananindeua, Capanema e Tucuruí.
O secretário estadual de Saúde, Helio Franco, disse que além de investir em serviços de urgência e emergência é fundamental que haja ações de caráter preventivo, para reduzir o número de acidentes com vítimas fatais e sequeladas, pois, caso contrário, os hospitais continuarão lotados. “O lócus preferencial para isso, sem dúvida, é a escola, para educarmos crianças e adolescentes”, defendeu Helio Franco, lembrando que o custo de uma internação por acidente de trânsito como motocicleta, por exemplo, é de R$ 10 mil. “Muitos morrem e muitos ficam com sequelas para o resto da vida, gerando um custo para a Previdência e para a sociedade, já que precisam se aposentar por invalidez’, ressaltou.
Helio Franco parabenizou a equipe do Daiue pela iniciativa de promover a qualificação dos profissionais da área de Urgência e Emergência, “mas vamos trabalhar também para que os acidentes sejam evitados”, alertou. O assessor do Ministério da Saúde, Clóvis França, falou do esforço do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que tem cobrado empenho de todas as áreas do Ministério da Saúde, para que os projetos andem com maior rapidez, beneficiando a população.
