Fabricando aço desde maio de 2008 em Marabá, a Siderúrgica Norte Brasil S. A. (Sinbras) deve chegar, até o final de 2012, à sua produção nominal, que é de 300 milhões de toneladas de aço por ano. O vice-presidente da empresa, Ian Correa, explicou que essa marca só não foi alcançada no ano passado por conta de um transformador de energia elétrica que queimou, deixando a siderúrgica inoperante por 40 dias.
Nesse período, a Sinobras não produziu e sequer faturou alguma coisa. Porém, segundo Ian, não foi necessário demitir um funcionário ao menos ou atrasar os pagamentos dos fornecedores.
Este ano, porém, a indústria conseguiu bater alguns recordes na laminação e na aciaria, principalmente. “Até o final do ano vamos conseguir chegar às nossas 300 mil toneladas de aço laminado e já avançamos um pouco mais na trefila”.
Hoje a Sinobras está ampliando sua produção de oxigênio, o que vai garantir melhor qualidade ao aço fabricado ali; e a sinterização dos resíduos finos e carvão, minério de ferro e limpeza de gases, que são reaproveitados na alimentação dos fornos.
Empregos
A Sinobras emprega atualmente, segundo Ian Correa, 1.300 pessoas diretamente e cerca de 600 indiretamente, são os empregados das prestadoras de serviços, as chamadas terceirizadas, que trabalham dentro da usina.
Porém, segundo Ian Correa, ainda existem postos de trabalho vagos porque a Sinobras não cosegue profissionais qualificados em determinadas áreas técnicas e de engenharia. “Por isso nós temos acordo com várias faculdades e universidades locais, como a UFPA e a UEPA. Muito nos orgulha hoje que tenhamos trabalhos desenvolvidos aqui dentro da Sinobras, feitos por professores das faculdades e apresentados em congressos nacionais e internacionais, ganhando prêmios”, destaca o executivo.
Segundo ele, a siderúrgica continua investindo nas compras dentro da região, tendo ganhado em 2011 um prêmio como o terceiro maior comprador no sul e sudeste do Estado, com um volume de R$ 191 milhões, “em números auditados”. No total, a Sinobras comprou no Pará, no ano passado, cerca de R$ 601 milhões.
Social
Ainda de acordo com o vice-presidente, os programas sociais da Sinobras estão se abrindo cada vez mais à comunidade. Começaram com o programa de voluntariado, dentro da siderúrgica, o “Sinobras em Ação” e com o Instituto WNA, que faz várias campanhas na cidade, como “Minha Casa Minha Vida” e “Minha Comunidade é Mais”, entre outros. Já, no final do ano passado, foi criada a Associação dos Colaboradores da Sinobras.
Para Ian, “quando se faz tudo sozinho, quando simplesmente se dá de graça, muitas vezes não vale a pena”. Então, é bom construir em conjunto.
“A Associação dos Colaboradores era uma coisa que tínhamos em mente havia muito tempo. Hoje nós temos aqui um restaurante dentro da usina, elogiado por todos os que nos visitam, temos uma área de lazer e de descanso e também incentivamos a participação dos nossos colaboradores em competições esportivas dentro e fora de Marabá”, ressalta Ian.
Ele também destaca que as maiores premiações de competições promovidas pelo Sesi têm sido conquistadas por atletas da Sinobras. “Isso significa dizer que não estamos pensando só em produção. Estamos mostrando que existe um lado a mais para o colaborador. O lado do desenvolvimento do esporte, da melhoria da qualidade de vida”, complementa Ian Correa, acrescentando que os empregados da Sinobras também desfrutam de convênios com supermercados, farmácias e outros serviços.
O vice-presidente da Sinobras falou ainda sobre o programa de trainee, chamado de “Retenção de Valores”, em que pessoas recém-formadas, são admitidas para estágio, inclusive de outros Estados, como Paraíba, Bahia e Ceará. (Eleutério Gomes – Correio Tocantins)




