Um dos assuntos que geraram maior discussão no 4° Minifórum das Águas foi a questão levantada pela estudante de biologia da Universidade Federal do Tocantins (UFT) Ismênia Fenelon, que quis saber até que ponto a legislação estadual permite as monoculturas.
A preocupação da estudante se refere à plantação de eucaliptos que se estende por diversos municípios do Bico do Papagaio. Segundo ela, por não ser uma planta nativa, os eucaliptos representam perigo ao ciclo ambiental e podem causar o assoreamento.
O superintendente do Ibama no Tocantins, Joaquim Henrique Montelo, disse que a licença para as empresas de celulose responsáveis pelas plantações citadas foram concedidas pelo Naturatins, sob a condição de que fosse respeitada uma área de reserva legal. “É o desenvolvimento do Estado, não tem como frear, vai gerar empregos, riqueza”, completou.
A diretora-geral da Organização Jaime Câmara no Tocantins, Fátima Roriz, chamou atenção para o fato de que o município tem autonomia para barrar esse tipo de empreendimento, mas não o fez. ”Só conseguiram esta licença porque são empresas ricas”, comentou o secretário de Meio Ambiente de Wanderlândia, José Armando. “Mas será que compensa derrubar a mata nativa, derrubar centenas de pés de caju, pequi, para plantar eucaliptos?”, questionou o secretário.
A inspetora de Recursos Naturais do Naturatins, Vanessa Durante, afirmou que o órgão está se reestruturando para ser mais eficiente nas fiscalizações, mas que precisa, sobretudo, da colaboração da população, através de denúncias. (Com informações de Mara Santos- Jornal do Tocantins)




