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sábado, dezembro 6, 2025
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Brigada do Exercito passa por troca de comando na sexta-feira, 17, em Marabá

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Responsável pela maior tropa e estrutura de pronto-emprego da Amazônia desde 1977, a 23ª Brigada de Infantaria de Selva ganha o seu 25º comandante a partir desta sexta-feira (17). Quem se despede na ocasião é o atual comandante, o general-de-brigada Humberto Francisco Madeira Mascarenhas. Na próxima semana, ele assume a 1ª subchefia do Estado Maior do Exército Brasileiro, ou seja, ele estará trabalhando com o alto comando.

Com apenas 55 anos e tido como um profissional muito preparado e bom administrador, o horizonte ainda é largo para o general dentro da corporação. A passagem destacada por Marabá, liderando quase 5.600 militares, também depõe a seu favor. A correia é grande para o oficial nesta reta final, tendo de organizar a passagem de comando e a sua própria mudança para Brasília. Na sexta-feira, no salão de festas do Círculo Militar, um jantar entre oficiais e convidados, marca a despedida do general Madeira e da sua esposa Zenaide.

Autoridades

A época da passagem de comando, fora do período em que regularmente acontecem a movimentação de oficiais, favorece o comparecimento de várias autoridades militares. Vão estar presentes o chefe do Estado-Maior do Exército, general-de-Exército Joaquim Silva e Luna; o comandante Militar da Amazônia, general-de-Exército Eduardo Villas Boas; o comandante da 8ª Região Militar, general-de-brigada Carlos Roberto Peixoto entre outros.

A presença deles todos deve-se ao prestígio do general Madeira e também do seu sucessor, o general-de-brigada recém promovido Estevam Cals Theophilo Gaspar, que é de família de tradição militar. O pai foi general e outros dois irmãos também são.

Na sexta-feira, o primeiro ato da passagem de comando será a inauguração da foto do general Madeira na galeria de ex-comandantes, no Comando da Brigada. De lá, a comitiva segue para o quartel do 52º Batalhão de Infantaria de Selva, onde ocorre a formatura militar, com desfile da tropa.

Balanço

No balanço da sua passagem pelo comando, o general destaca o planejamento das atividades internas, mas também a interação com a sociedade civil.

“Nós participamos de operações de grande vulto. Levei a Brigada até Belo Monte, Altamira, mais de 120 viaturas, mil e poucos homens. Fizemos um trabalho semelhante na região de Parauapebas, em Serra Pelada, fizemos outra operação de grande envergadura em Imperatriz (MA). Tivemos participação importante no Maranhão, quando a Polícia Militar estava em greve. Fomos a São Luís. Eu até costumo brincar que a nossa Brigada de Marabá projetou poder do oceano Atlântico”, lista.

A 23ª Brigada também esteve presente na Operação “Ágatha 4”, na fronteira do Brasil com a Guiana Francesa, onde o general comandou a força tarefa Oiapoque. “Foi muito gratificante aquela participação. Também mandamos tropas para o Haiti, pelotões de cavalaria, onde o Brasil se faz presente até hoje mostrando as cores, a nossa bandeira, o pessoal teve um desempenho muito bom, na parte da ‘mão amiga’”, destaca.

Humberto Madeira lembra que em todas as movimentações militares, a Brigada leva seus médicos, dentistas e enfermeiros para as comunidades, oferecendo atendimento à população civil. “Participamos de mutirões da Justiça Federal, reformamos cerca de 20 escolas municipais, que é um investimento no futuro, no estudante do futuro. Temos o projeto ‘soldado cidadão’, onde nós formamos profissionalmente os nossos soldados. Damos para eles o embasamento mínimo para que ao saírem do Exército eles possam disputar o mercado de trabalho. São cerca de 300 soldados por ano”, pontua o comandante, listando, ainda, a reforma do lar de acolhimento de idosos “São Vicente de Paulo”.

Impressão Pessoal

O general Humberto Madeira diz que leva ótimas lembranças de Marabá, terra que considera promissora. “Eu levo grandes amizades, entre pessoas que estiveram próximas a nossa Brigada e mostraram que são realmente amigos, seja dentro ou fora da atividade profissional. É importante para o militar interagir com a sociedade local. Nós estamos sempre em rodízio, a gente fica dois anos nos lugares e isso é uma vida nômade, essa é a minha 27ª mudança. Ficam as grandes amizades. É isso que eu levo de Marabá. O apreço que vocês tiveram comigo, os momentos de alegria que vivemos juntos, tudo isso é muito importante e vai formando o grande mosaico da nossa vida. Ao final, quando eu me aposentar, vou lembrar com certeza disso tudo”, narra o oficial, do alto dos seus 38 anos de farda.

Grande Operação

Antes de passar o comando, o general Madeira adianta ao CORREIO DO TOCANTINS qual a próxima missão de grande porte em que a 23ª Brigada de Infantaria de Selva estará envolvida. O Comando do Exército determinou que a unidade dê suporte logístico à Polícia Federal e à Força Nacional de Segurança na reintegração de posse da Fazenda Rio Lages, ou Belauto, em São Felix do Xingu, no oeste do Pará.

A Advocacia-Geral da União (AGU) garantiu, na Justiça, a posse do Incra sobre a fazenda, que foi adquirida com dinheiro do tráfico de drogas. Por se tratar de área pública irregularmente ocupada, comprada com dinheiro ilegal, a autarquia não vai pagar qualquer indenização referente à terra nua e às benfeitorias da propriedade.

“Recebemos essa missão e cumpriremos. Essa fazenda servirá futuramente para o assentamento de pessoas que estão legalmente no interior de uma terra indígena, que é a terra indígena Apyterewa. Essa é a missão no seu bojo total, é isso que deve acontecer em breve com a participação da nossa Brigada”, destaca, no final da entrevista. (Patrick Roberto – Correio do Tocantins)

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