Promover discussão sobre a importância da mulher no desenvolvimento da agricultura, capacitar as agricultoras familiares, beneficiárias do PNCF – Programa Nacional de Crédito Fundiário e estimular o desenvolvimento pessoal das mulheres do campo, enfatizando suas ideias, valores e lutas. Com estes objetivos, o Governo do Estado realiza, em parceria com o MDA – Ministério do Desenvolvimento Agrário, de erça-feira, 26, até quinta-feira, 28, em Palmas, o III Encontro Estadual das Agricultoras Familiares, que vai reunir cerca de 300 mulheres, entre quilombolas, pescadoras, indígenas, extrativistas, agricultoras e artesãs de vários municípios tocantinenses.
O secretário Nacional de Reordenamento Agrário do Ministério de Desenvolvimento da Agrário, Ademar Almeida, afirmou que o evento no Estado já é uma ação de sucesso. “Nosso objetivo é que a mulher, especialmente as beneficiadas com o programa nacional de crédito fundiário e que hoje podem desenvolver seu projeto de vida tenham momentos de compartilhar conhecimentos e traçar estratégias para vencer as dificuldades corriqueiras e acima de tudo afirmar seu protagonismo na agricultura brasileira”, afirmou, acrescentando que as políticas públicas e os direitos básicos como transporte, educação e acesso à internet são também levados em consideração no evento.
Para o secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Agrário, Jaime Café, o evento “é um momento de confraternização com estas guerreiras do campo, que são o pilar da família, tomam conta da casa, dos filhos e também trabalham na lavoura. E uma parceria entre o Governo do Estado e o Ministério do Desenvolvimento Agrário deu início a este trabalho onde se faz orientação sobre técnicas e práticas, se apresenta às participantes as mais diversas linhas de crédito, entretenimento, atividades culturais, enfim é uma celebração à mulher do campo”, afirmou.
Uma das representantes das mulheres que produzem e da Federação das Trabalhadoras Rurais do Tocantins, Antonia Leão da Silva, o encontro contribui para o aumento da geração de renda das agricultoras rurais. “Este é um dos entraves e uma das demandas, a geração de renda e a capacitação, principalmente no que diz respeito aos incentivos aos demais setores produtivos, como frutas tropicais e apicultura, bem como orientações para adequação às normas sanitárias”, destacou.
Sobre as novas demandas de produção que não seja artesanato, a presidente do Ruraltins – Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins, Miuky Hiashida, afirmou que são alvos dos incentivos do Governo, justamente por ver o potencial destas lavouras. “O que temos feito é um trabalho de empreendedorismo, pois ele modifica a vida do povo. Quando as mulheres passam a ajudar os maridos, até a implantação das tecnologias se torna mais fácil, devido à receptividade do público”, enfatizou.
Palestra
Convidado para abrir o encontro com uma palestra motivacional às produtoras, o secretário das Oportunidades, Omar Hennemann, afirmou que mesmo após mais de duas mil palestras que já ministrou, nenhuma se compara em importância com a de hoje. “Fiquei feliz em falar para estas mulheres que são vencedoras, por isso tenho a obrigação de fazer a melhor palestra da minha vida. Para isso trago a todas exemplos de mulheres que deram sua contribuição para a humanidade, mas gostaria de contar a história de cada uma que aqui está, para que elas vejam o quanto contribuem com as famílias e principalmente com o desenvolvimento do Tocantins”, explicou.
Programação
Na programação ainda terão palestras sobre a saúde da mulher, Lei Maria da Penha, sociobiodiversidade, seguro social, primeiros socorros, associativismo, entre outras. Os participantes também terão acesso à comercialização de produtos originários do babaçu, capim dourado, fibra de banana e do buriti.




