Depois de várias cobranças públicas de populares e até dos próprios envolvidos, a Secretaria Municipal de Segurança Institucional de Marabá promete para esta semana o início efetivo do trabalho da Guarda Municipal (GM) nas ruas da cidade. Ainda sem portar armas de fogo – a data para isso não foi confirmada, os 87 guardas devem ser distribuídos no patrulhamento a pé em pontos estratégicos, que segundo o seu comando foram mapeados por meio de levantamento de ocorrências. Locais como portas de escolas públicas estão entre os que devem ser priorizados.
O comando da GM explica que dos 128 que originalmente participaram do curso de formação, dois foram reprovados no teste psicotécnico e 39 ainda não apresentaram a documentação necessária (certidões e exames médicos) e só poderão assumir quando o fizerem. A convocação para posse foi feita pela Prefeitura no último dia 9, com prazo de 30 dias para a efetivação. Do grupo já em condições, apenas 12 são mulheres.
FORMAÇÃO
“Essa guarda foi muito bem preparada, está bem condicionada e instruída”, é o que garante o coronel da reserva da PM Gilmar Mesquita, comandante da GM, do alto da sua experiência como ex-comandante do policiamento da Capital. Ele destaca que o treinamento foi balizado pelo que preceitua a Secretaria Nacional de Segurança Pública e se deu por convênio com a Secretaria de Segurança Pública do Pará.
Apesar de já ir pras ruas esta semana, como garante o seu comando, a Guarda Municipal ainda não conta com o suporte tido como necessária para a sua atuação, a não ser com a presença física. As algemas e armas de potencial não letal ainda não chegaram, assim como o armamento de fogo que será utilizado apenas por uma parcela desses homens.
As viaturas em número de 22, sendo 12 carros e 10 motos, também ainda não estão disponíveis e estão sendo custeadas pela iniciativa privada, como parte das condicionantes para implantação da siderúrgica Aços Laminados do Pará (Alpa). Também será patrocinada pela empresa a implantação do sistema de vigilância por câmeras em toda a cidade, tanto com o equipamento que ficará nos postes, como a central de monitoramento. Serão 45 câmeras, segundo a secretária de Segurança Institucional, Débora Pontes.
O monitoramento por câmeras já está em processo de licitação, o que deve demandar mais dois meses e o custo é estimado em R$ 2 milhões. (Patrick Roberto)
