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sexta-feira, dezembro 5, 2025
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Prédio histórico em Marabá vira notável boca de fumo

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Um prédio localizado na Rua 5 de Abril, na Marabá Pioneira, onde outrora funcionou a primeira escola da cidade, tornou-se um ponto de encontro, lazer e entretenimento de usuários de droga e vândalos de toda sorte. Totalmente abandonado, o local se transformou em dor de cabeça para os moradores da vizinhança, que se sentem amedrontados com a circulação de desocupados no perímetro.

O prédio, que em 1939 abrigou o “Grupo Estadual”, primeiro estabelecimento de ensino marabaense, quando a cidade era ainda uma currutela de apenas 280 habitantes, serviu também para abrigar a Delegacia de Polícia, décadas mais tarde, e se viu inundar várias vezes, com as grandes cheias do Rio Tocantins. Hoje, o cenário do imóvel – que deveria entrar para os anais da arquitetura urbana local como patrimônio histórico – é de desolação.

As queixas quanto à situação do prédio são diversas. A comerciante Joaquina de Araújo, 38 anos, possui estabelecimento nas imediações da construção abandonada, que, para ela, representa um perigo. Joaquina vive em pânico. “Quando a gente sai para ir ao banco, que fica perto, a gente vai com medo de ser assaltada por algum malfazejo que perambula na construção”, conta, acrescentando que, à noite, o prédio se torna uma muvuca. “São adultos e até crianças usando drogas”, denuncia ela, lembrando que já viu pessoas serem assaltadas no porta do local.

Outra que anda amedrontada com a situação é a comerciante Sandra Barreto, 49 anos. “Toda hora tem pivete rondando, o que é perigoso para quem mora ao lado desse prédio. Eu já fui até assaltada; arrobaram minha loja; foi um terror. A situação está insustentável”.

Para Sandra, tão triste quanto ser vítima dos pilas e do descaso é notar a ausência de providência por parte das autoridades competentes. “As autoridades deveriam dar atenção ao prédio, que é patrimônio histórico da cidade, bem como à Praça Duque de Caxias, nas imediações dos quais corremos perigo diariamente”, apela.

Vândalos e lixo

De acordo com a aposentada Marilene Rocha, 74 anos, 65 deles vividos na Marabá Pioneira há, a casa abandonada é um “prato cheio” para vândalos. “Eles adoram ficar em lugares escuros e escondidos, e um prédio desses, no centro, favorecendo a criminalidade, já deveria ter sumido do mapa”. No entendimento dela, o espaço deveria ser aproveitado para fazer um recanto para idosos.

“Nele já funcionou uma delegacia, mas antes, o ‘Grupo Estadual’, que foi a primeira escola de Marabá. É triste vermos um patrimônio se acabando”, lamenta a aposentada, descrevendo que, no quintal do imóvel, há uma árvore “guardada” por morcegos e cupins – pragas que de lá se espalham às casas vizinhas.

Na frente do prédio há outro problema. “Todos jogam lixo, e esse lixão a céu aberto pode causar doenças aos próprios moradores”, lamenta Marilene.

Estado

A Reportagem do CT foi até o Centro de Integração Regional (CIR) e ouviu José Gaby, gerente regional da Secretaria de Integração de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Seidurb), a respeito do caso. Ele conta que o prédio é uma “vergonha” para a cidade e que está inutilizável há mais de 25 anos.

“Os governadores do Estado que passaram jamais tomaram qualquer providência. Em 1994, alguns vereadores elaboraram um projeto de lei para que o prédio fosse adquirido pelo município e que fosse doado à Liga Esportiva de Marabá. Eu também entrei com projeto, quando fui vereador, mas não foi aprovado”, explica José Gaby.

Ele lembra que chegou a estudar no imóvel na época em que lá funcionou um colégio. “Dos anos de 1980 a 1985, o prédio virou uma delegacia, e após isso, entrou em completo estado de abandono”.

Providência

O gerente da Seidurb prometeu ir, provavelmente na semana que vem, a Belém para buscar uma solução, junto ao Governo do Estado, para o prédio abandonado na Praça Duque de Caxias. “Além de ser um bem público, que está se deteriorando, está localizado numa praça de intenso movimento”, reconhece Gaby. (Correio Tocantins)

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