O cenário hoteleiro na Região Metropolitana de Belém (RMB) ocupa o sétimo lugar – entre 27 áreas observadas – no ranking que aponta o pior resultado quanto ao número de empreendimentos que disponibilizam locais de hospedagem. São cerca de 114, segundo o levantamento realizado pela Pesquisa de Serviços de Hospedagem (PSH), elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério do Turismo. Com isto, a capacidade de lotação da região é algo em torno de onze mil turistas. A pesquisa levou em consideração a situação ativa do estabelecimento no Cadastro Central de Empresas do IBGE na classificação nacional de atividades econômicas (hotéis e similares e outros tipos de alojamento não especificados), e a localização da empresa, que deve ser em áreas dentro dos limites das regiões metropolitanas das capitais. A pesquisa pode nortear gestores, permitindo a adoção de políticas para o setor. Os resultados referem-se ao número de estabelecimentos por tipos e categorias (hotéis, pousadas, pensões e albergues), número de estabelecimentos por grupos de unidades habitacionais, número de unidades habitacionais, número de leitos e capacidade total de hóspedes. Com base em 2011, foram avaliados mais de 7 mil estabelecimentos que registraram um total de mais de 300 mil unidades habitacionais (suítes, apartamentos, quartos e chalés), e capacidade total de mais de 700 mil hóspedes.
Na região metropolitana de Belém, dos 114 estabelecimentos de hospedagem, apenas um foi considerado como sendo de luxo, e, dos 57 classificados como hotéis, 53 são de capital independente, dois integram cadeia nacional de hotéis e outros dois fazem parte de cadeias internacionais. Dos seis municípios que compõem a RMB, apenas Santa Bárbara e Santa Isabel foram consideradas sem locais para hospedagem. Diante dos índices apresentados pelo IBGE, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Pará (ABIH-PA), Tony Santiago, diz que a rede hoteleira de Belém é compatível com a demanda. “Em média, nossos leitos ficam ocupados em até 65% no ano, o que representa um excelente número. Nossa capital, infelizmente, não possui o ritmo de uma cidade turística de lazer. O que se observa aqui é o turismo de negócios. Para isto, estamos muito bem servidos”, justifica. Tony contesta alguns números levantados pela pesquisa. “Temos hoje 71 hotéis na região metropolitana de Belém e, este ano, com a conclusão de mais seis estabelecimentos, vamos ampliar nossos leitos para 11.756”, destaca. A Companhia Paraense de Turismo (Paratur) informou que a estimativa de fluxo turístico para 2012 é de mais de 850 mil turistas do Brasil e de outros países, como Estados Unidos, Portugal, França. Em 2011, o fluxo anual somou mais de 770 mil turistas, que deixaram no Pará R$ 380 milhões de reais. O crescimento representará um aumento de 9,54%. (Diário do Pará)
