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sexta-feira, dezembro 5, 2025
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PARÁ: Enchentes podem atingir mais de 30 mil em Marabá

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Com base no relatório de vazões da Eletronorte, a Defesa Civil de Marabá prevê que a enchente deste ano possa atingir mais de 30 mil pessoas no mês de fevereiro. Ontem, o nível do Rio Tocantins já havia chegado aos 8,40 metros, quase três metros acima do registrado no mesmo período de ano passado.

Em 2009, a régua fluviométrica chegou a marcar 12,70 metros e as águas atingiram 7.800 famílias. Este ano, caso alcance mais de 13 metros, poderá aumentar esse número em até 30%, quando o Marabá poderá declarar Estado de Calamidade Pública. Desde o final do ano, a média que vem sendo registrada é de 60 centímetros de aumento por dia.

Ainda segundo o boletim divulgado no final do ano passado, o nível do rio pode chegar à casa dos 12,55 metros no mês de fevereiro, com uma margem de erro de 1,10 metros para mais ou menos.

A situação vem sendo encarada com preocupação por causa do nível que o rio já alcançou ainda no início do mês de janeiro, quando o período de chuva está apenas começando. A enchente já é vista pela população como uma questão cultural, mas a Defesa Civil alerta que o fenômeno precisa ser visto de uma forma diferente.

De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Joab Pontes, por estar habituado a lidar com as enchentes todos os anos, o marabaense vê a situação com naturalidade por se tratar de um efeito natural de um rio. Entretanto, para a Defesa Civil, o fenômeno acontece na maioria dos casos porque foi a população que construiu suas casas numa área baixa, além de atribuir a outros efeitos como o desmatamento na beira do rio, que acaba causando o assoreamentos das margens e, consequentemente, a invasão das águas. “Em 1980 quando foi criada a área da Nova Marabá definiu-se uma área segura, que acabou não sendo respeitada por algumas famílias. Se a população tivesse seguido os níveis estipulados, hoje não sofreria, mas o crescimento do município de maneira descontrolada acabou causando os transtornos de todos os anos”, lembra o coordenador, ressaltando que a Secretaria de Planejamento definiu um novo limite, com a cota 82 que compreende uma área segura onde o nível do rio dificilmente alcança.

O órgão garante que a população que está fora do limite também será assistida, advertindo que a estrutura que a prefeitura monta para quem está numa área legal não será a mesma porque seria uma forma de incentivar a ocupação irregular.

Ele lembra que somente as pessoas desabrigadas receberão apoio total, inclusive com cestas básicas, enquanto aquelas que foram apenas atingidas pela cheia terão a disposição um caminhão para fazer o transporte da mudança para acomodação em outros lugares.

Baseado na cooperação, que é tida como fundamental no momento de desespero das famílias, o tema dos trabalhos deste ano é “A Defesa Civil somos todos nós”, que busca envolver todos os setores de Marabá. “Nosso papel é trabalhar na prevenção, atuar no desastre e agir na reconstrução durante as enchentes, mas precisamos da colaboração de toda a sociedade para, mais uma vez, enfrentarmos essa época difícil”, salienta o coordenador. (Diário do Pará)

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