Médicos e enfermeiros que atuam no sistema público de saúde do Tocantins reclamam que o Governo do Estado e a Pró-Saúde, organização que gerencia 17 dos 19 hospitais públicos do Estado, não estariam pagando os vencimentos referentes aos plantões extras trabalhados. Conforme a presidente do Sindicato dos Médicos no Tocantins (Simed-TO), Janice Painkow, faltam profissionais nas escalas e para atender a demanda, os médicos veem realizando plantões extras, que não estão sendo pagos.
“É uma série de descasos que nos leva hoje ao pior quadro que a saúde pública já enfrentou no Tocantins. Nunca o atendimento e a gestão da saúde foram tão ruins na história do Tocantins”, apontou Janice.
Segundo ela, desde a terceirização do gerenciamento da saúde pública, a qualidade vem caindo. “Houve redução de funcionários com a terceirização para reduzir custos, estão economizando o que não pode ser economizado, pois estamos lidando com vidas”, criticou.
O presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem do Tocantins (Seet), Ismael Sabino da Luz, também afirmou que os enfermeiros, desde o último mês de dezembro, não recebem os plantões extras. “O servidor não encontra motivação para trabalhar desta forma, primeiro porque a demanda é sempre crescente, o número de servidores é reduzido e não se paga o que é devido. O profissional depende da boa gestão para empenhar com seu papel da forma que a população espera e o Estado não tem feito a parte dele”, reclamou.
Em nota, enviada à imprensa, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), informou que o pagamento dos plantões dos médicos e enfermeiros, referentes aos meses de dezembro de 2011 e janeiro de 2012, deverá ocorrer até o final desta semana.
Terceirização
A terceirização da saúde no Tocantins, ou gestão compartilhada, como diz o governo, teve início em 1º de setembro do ano passado. A Pró-Saúde foi contratada para gerenciar 17 dos 19 hospitais públicos do Estado. (Jornal do Tocantins)




