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sexta-feira, dezembro 5, 2025
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Correntistas de bancos em Parauapebas amargam enormes filas

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Apesar de contar com lei específica desde 1999 (Lei Municipal nº 3.821-A) para inibir as filas em bancos, passada mais de uma década da mesma o correntista das instituições financeiras de Parauapebas ainda amargam enormes filas nas agências. Segundo os usuários, sacar dinheiro, pegar folhas de cheque ou pagar contas é um verdadeiro suplício, a depender do horário em que se procure as agências da cidade.

De acordo com o artigo 2º da lei nº 3.821-A, as agências bancárias devem atender o usuário em até 20 minutos de permanência na fila em dias normais; e em até 30 minutos em véspera de feriados prolongados e nos dias de pagamento de funcionários públicos municipais, estaduais e federais e de vencimentos e recebimento de contas de concessionárias de serviços públicos e tributos municipais, estaduais e federais.

Mas, às vezes, o usuário fica até três horas na fila. Perdem dia de trabalho, sofrem com a falta de banheiros e às vezes até de bebedouros nas agências para matar a sede.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) em Parauapebas, comerciante Daniel Pereira Lopes, reconhece que o problema de filas de bancos vem afligindo a comunidade há muito tempo. “A gente vê constantemente reportagens mostrando as filas dos bancos e não se vê solução. Tenho funcionário que chegou a ficar de 10 horas da manhã até seis da tarde dentro de uma agência bancária. Isso tem custo, além de desconforto. Não vejo nenhuma ação consistente para resolver o problema na região. Para nós, lojistas, é ruim porque gera despesa, desconforto como cidadão e lamentavelmente a gente vê que não melhora”, desabafou o presidente da CDL.

Encontrado sob o sol de 9 horas da manhã na calçada e com pelo menos 30 pessoas na sua frente na fila, Antônio Lima, comerciário, se queixou do desafio à paciência do usuário. “Isso aqui já virou piada. Não sei se eles nos veem como clientes ou como coitados. Não existe esse tipo de tratamento”, reclamou.

Fernanda Araújo, que tinha contas a pagar em um dos bancos estatais de Parauapebas na última semana, era outra a questionar a demora no atendimento. “Está faltando esses bancos abrirem mais agências. O problema é esse, muitos usuários para apenas uma agência na cidade. Esse povo quer ganhar dinheiro, mas não quer reinvestir”, aponta a correntista.

Multa

Em março de 2009, o Grupo Executivo de Proteção ao Consumidor (Procon) condenou as agências bancárias do Bradesco (Carajás e Parauapebas), Banco do Brasil (Carajás e Parauapebas) e Caixa Econômica Federal (Parauapebas) a pagarem multa no valor de R$ 2.610,40, cada agência, por não cumprirem o que determina a lei municipal que regulamenta sobre o tempo de permanência de pessoas em filas.

Além do limite para permanência dos usuários na fila, a lei exige também que o estabelecimento bancário afixe cópia da lei municipal em local de fácil visibilidade e implante sistema de senha que identifique o horário em que o usuário entrou na fila, mas a maioria dos bancos não vem atendendo estes itens.

O Procon orienta que o consumidor procure pagar suas contas em dia, de preferência nos pontos alternativos, como nos postos bancários instalados em supermercados, drogarias e outros estabelecimentos comerciais ou de serviços.

Segundo a coordenação local do Procon, até a quinta reincidência no descumprimento da lei, os bancos podem ser condenados em até 200 Unidades Fiscais Municipais (UFM); a partir da sétima, em até 400 UFMs, e a partir daí o estabelecimento bancário pode até ser fechado.

No segundo semestre do ano passado, o Procon realizou um trabalho de fiscalização rigoroso nos bancos e constatou que esse trabalho surtiu efeito, com uma significativa melhora no atendimento em relação às filas para atendimento nos caixas.

 “Posteriormente, veio a greve dos bancários, depois, o recesso de final de ano e agora estamos passando por uma reestruturação do Procon de Parauapebas, mas em breve vamos reiniciar as fiscalizações nos bancos para verificar se o limite determinado pela lei municipal está sendo violado ou não ”, alertou a coordenadora do órgão em Parauapebas, Evellyn Melo.

Negativa

Procurados, gerentes das agências do Banco do Brasil e do Bradesco, bancos retratados nas imagens, estranhamente disseram não poder se manifestar sobre o assunto, nem prestar informações extraoficialmente. (Waldyr Silva-Correio Tocantins)

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