Encerra-se nesta quinta-feira, 25, em Augustinópolis, no Bico do Papagaio, a etapa estadual do projeto “Defensorias nos Babaçuais – Acesso à Justiça e Defesa dos Direitos das Mulheres Quebradeiras de Coco”. Desde a última terça-feira, a ação mobilizou quebradeiras, defensores públicos e instituições parceiras no campus da Unitins, garantindo atendimentos gratuitos e orientação jurídica em diferentes áreas.
Com boa adesão da comunidade, os serviços oferecidos incluíram assistência previdenciária, ações trabalhistas, emissão de títulos eleitorais, inclusão no CadÚnico e atendimentos básicos de saúde. Na quarta-feira, 24, foi realizado um momento de escuta coletiva com participação de órgãos públicos, e nesta quinta-feira o Ministério Público do Trabalho (MPT) reforça as atividades junto às quebradeiras, ampliando a rede de apoio às trabalhadoras.
O projeto, além de suprir demandas imediatas, busca dar protagonismo às quebradeiras de coco na defesa de seus direitos e no fortalecimento das políticas públicas. A iniciativa se conecta à campanha nacional “Justiça Climática é Justiça Social”, promovida pela Anadep, e integra a preparação para a COP30, reforçando o papel dessas mulheres na preservação ambiental e na luta contra os impactos das mudanças climáticas.
A próxima etapa do “Defensorias nos Babaçuais” será regional, em Imperatriz (MA), nos dias 16 e 17 de outubro. O encontro reunirá representantes de vários estados para debater desafios comuns, promover atendimentos e fortalecer a articulação entre comunidades tradicionais e instituições de justiça.
Com o apoio de órgãos locais e nacionais, entre eles Defensorias Públicas de quatro estados, o Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB) e o Ministério das Mulheres, o projeto consolida-se como uma ação de referência na promoção de direitos e na valorização da cultura e resistência das quebradeiras de coco.
