Há cerca de 10 dias, a população de Ananás, no Bico do Papagaio, convive com a falta de fornecimento de água em boa parte dos bairros da cidade. O problema, que afeta diretamente a rotina de centenas de famílias, ocorre sob responsabilidade do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), órgão municipal vinculado à Prefeitura de Ananás, comandada pelo prefeito Robson do Zé Geraldo (União Brasil).
A situação, segundo relatos de moradores, é crítica: falta água para beber, cozinhar, tomar banho e manter o mínimo de higiene domiciliar. Em algumas regiões, moradores passaram a buscar água em cisternas ou recorrer à ajuda de vizinhos que ainda recebem o serviço de forma intermitente. A indignação cresce diante da ausência de explicações claras, medidas emergenciais ou posicionamentos oficiais efetivos por parte do prefeito e do SAAE.
Falta de transparência e de planejamento
Embora o abastecimento de água seja um serviço essencial e de responsabilidade do município, o prefeito não detalhou as ações de contenção ou um cronograma de normalização. Essa ausência de comunicação institucional agrava o problema e expõe a gestão municipal a críticas sobre improvisação, falta de transparência e má gestão de um serviço básico.
Além disso, não há informações sobre a existência de plano de contingência, como o uso de carros-pipa, instalação de reservatórios comunitários ou distribuição de água para escolas, postos de saúde e famílias em situação de vulnerabilidade. A falta de ação imediata e coordenada levanta sérias dúvidas sobre a capacidade técnica e administrativa do SAAE e da Prefeitura.
Prefeito acuado, população sem resposta
A comunidade aponta diretamente para o prefeito Robson do Zé Geraldo, que, segundo moradores, não tem conseguido apresentar soluções ou liderar uma resposta minimamente satisfatória à crise hídrica local. “A gente paga a conta todo mês e, quando mais precisa, somos deixados no escuro. Cadê o prefeito? Cadê o SAAE?”, questiona uma moradora de um dos bairros afetados.
Diante da inoperância da Prefeitura, a Câmara de Vereadores também é cobrada por não convocar o prefeito ou o diretor do SAAE para dar explicações públicas sobre a situação. A inércia das instituições locais em um caso tão grave reforça o sentimento de abandono vivido por moradores.
O colapso no fornecimento de água em Ananás não pode ser tratado como uma ocorrência comum. Trata-se de uma falha sistêmica e prolongada na prestação de um serviço básico que compromete a saúde pública, a dignidade humana e o próprio direito à vida. Diante disso, não basta silêncio ou respostas vagas. O prefeito Robson do Zé Geraldo e o SAAE precisam vir a público com informações objetivas, apresentar medidas concretas e assumir as responsabilidades administrativas e políticas que o cargo exige.
