
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet) voltou a pressionar a Prefeitura de Palmas nesta quarta-feira, 13, por medidas concretas para valorizar a categoria. Em ofício protocolado ao prefeito Eduardo Siqueira Campos, a entidade solicitou reunião para discutir uma pauta extensa, que inclui o pagamento do piso do magistério 2025, a atualização das datas-bases de 2023/2024 e 2024/2025 com retroativos, e a quitação das progressões verticais atrasadas.
Segundo o sindicato, o valor do Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério para 2025 é de R$ 4.867,77, mas o município continua pagando o valor de 2024, de R$ 4.580,57. A presidenta do Sintet Regional de Palmas, Rose Marques, foi categórica ao criticar a situação: “É inadmissível que, em uma capital com os índices de qualidade que a educação de Palmas possui, tenhamos uma gestão que não paga o piso do magistério, mantém as progressões atrasadas e a data-base sem reajuste desde 2023.”
A crítica, no entanto, levanta questionamentos sobre o posicionamento da gestão municipal. O prefeito Eduardo Siqueira Campos, que reassumiu o cargo recentemente após período de prisão e ainda responde a investigações, não se pronunciou publicamente sobre as cobranças. A ausência de explicações abre espaço para especulações: há impedimentos orçamentários que inviabilizam os pagamentos ou trata-se de uma decisão política? Até o momento, não há informações claras sobre o cronograma para atender às reivindicações.
O impasse expõe um contraste: enquanto a capital ostenta indicadores de qualidade na educação, segundo o próprio sindicato, a remuneração e os direitos dos profissionais parecem estar aquém da legislação vigente. A falta de diálogo público e de respostas objetivas da Prefeitura de Palmas tende a prolongar o clima de insatisfação, deixando em aberto se as demandas serão atendidas por negociação ou pressão mais intensa da categoria.




