
Após 20 dias afastado do cargo por ordem judicial, o prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), voltou ao comando da gestão municipal e tem promovido mudanças que acendem alertas sobre a condução política da capital. A mais recente delas foi a exoneração do vereador licenciado Carlos Amastha (PSB) do cargo de secretário de Zeladoria Urbana. A medida, publicada no Diário Oficial do Município desta quinta-feira, 24, não teve justificativa formal e reforça o movimento de Eduardo em destituir nomes nomeados por seu vice, Carlos Velozo (Agir), durante o período de interinidade.
Amastha, que havia deixado temporariamente sua cadeira na Câmara para assumir a pasta, havia sido indicado por Velozo enquanto Eduardo estava preso preventivamente por suposto envolvimento no vazamento de informações sigilosas. A revogação da prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e o retorno ao cargo desencadearam uma série de exonerações de gestores ligados ao vice-prefeito, consolidando o discurso do prefeito de que faria “justiça aos seus companheiros” exonerados anteriormente.
A nomeação de Bianca Souza Logrado como interina na Zeladoria Urbana é apenas um entre diversos movimentos de substituição que vêm sendo registrados desde a edição extraordinária do Diário Oficial, publicada já no dia seguinte à soltura de Eduardo. Embora esteja no exercício legítimo de suas prerrogativas como chefe do Executivo, o ritmo e o teor das exonerações sugerem um retorno marcado por ajustes de contas.




