Na terça-feira, 24, uma emenda proposta pelo senador Flávio Bolsonaro (PL) buscava eliminar as cotas raciais e para pessoas com deficiência em institutos e universidades federais. A emenda conseguiu o apoio de quase um terço da casa, com 24 votos a favor. O único senador do Tocantins a apoiar a iniciativa, foi o senador Eduardo Gomes (PL). No entanto, durante a análise da atualização da Lei de Cotas de 2012, a maioria dos senadores presentes, um total de 46, rejeitou a sugestão. A atualização da lei foi aprovada e agora aguarda sanção.
Somente depois da emenda derrubada, Gomes votou a favor do projeto.
No Tocantins, organizações repercutiram a situação. O Coletivo Somos, por exemplo, postou em suas rede sociais a informação e depois questionou a fala do senador, que alegou ter votado favorável, no mérito da questão.
“Se ele votou a favor da inclusão da emenda de Flávio Bolsonaro que mudava completamente a matéria – retirando negros e deficientes – qual seria o posicionamento do senador? Ou melhor, qual seria o posicionamento do senador se está mesma emenda tivesse sido aprovada? Não havia outra possibilidade de mudança no texto original votado. O que parece é manobra de informações, para tentar disfarçar a preferência dele – confirmada em votação – de se votar a emenda de Flávio Bolsonaro”, disse o grupo.
O ativista social Alexandre Peara, comentou que o voto de Eduardo Gomes, é contra a população do Tocantins. “Ele votou contra o Tocantins: De acordo com o IBGE, “70% da população do TO é negra – pretos ou pardos, sendo que o Estado tem 36 comunidades quilombolas reconhecidas pela Fundação Palmares”. Ainda conforme o IBGE “cerca de 140 mil pessoas possuem alguma deficiência no Estado”.