A Secretaria de Educação (Seduc) ofertará cerca de 290 mil novas vagas na rede pública estadual para o ano que vem, 10% a mais que ano passado. Para tanto, convocou instituições públicas e representantes da sociedade civil organizada para compartilhar a melhor forma de manter o ingresso dos mais de um milhão de alunos já existentes na rede. O encontro ocorreu por meio do seminário “Educação Básica: democratização do acesso, qualidade e diversidade”, no auditório do Centro Integrado de Governo (CIG) na manhã desta terça-feira, 27.
“Este é um momento ímpar para a educação do nosso Estado. Nunca fomos chamados para comungar a melhor forma de evitar que nossos alunos fiquem fora da sala de aula”. Foi assim que Rosângela Santos, da Rede de Educação Cidadã (Recid), resumiu o sentimento de dezenas de pessoas presentes ao encontro.
Mobilização foi a palavra-chave para unir forças entre representantes da capital e do interior a fim de que as informações da matrícula cheguem em todos os municípios do Pará. A secretária de Educação, Socorro Coelho, pediu mais atenção aos alunos que moram no meio rural e para fortalecer este objetivo sugeriu que se crie uma coordenação, composta por diversos setores da sociedade, para companhar o processo de ingresso destes alunos e debater outros assuntos relacionados à Educação.
A coordenadora de matrícula da Seduc, Suely Domont, apontou entre as áreas de maior dificuldade de matrícula os bairros do Tapanã, Cabanagem, Sideral, Tocantins e Icuí. Segundo ela, o apoio dos movimentos sociais e dos profissionais lotados nas escolas destes bairros deverá ser maior para se evitar a sobra de vagas.
Matrícula cidadã – “É importante ressaltar que o processo de matrícula na rede estadual de ensino é dinâmico. Sempre que um aluno precisa se matricular abrimos o sistema e o incluimos, porém, é preciso que haja disciplina, pois o sistema anda junto com o censo escolar e a partir dele, é que lotamos professor e garantimos recursos para a educação”, explicou Suely.
A proposta para matrícula 2010 é manter os serviços disponibilizados no ano passado, como a Central de Atendimento, os Infocentros e a matrícula cidadã. Entre as sugestões que ganharam destaque no seminário, a de Assis da Costa Oliveira, do Programa de Políticas Afirmativas para Povos Indígenas e Populações Tradicionais, programa de pesquisa e extensão da Universidade Federal do Pará (UFPA), foi bem aceita pelos representantes da Seduc.
A partir da matrícula cidadã, Assis propôs que a Seduc ofereça um barco para navegar nas grandes bacias hidrográficas que enriquecem as comunidades ribeirinhas e, em parceria com outras instituições, oferecer serviços de emissão de documentações necessárias à realização da matrícula.
Participaram do seminário o Secretário Adjunto de Gestão da Seduc, Albertino Leão; a secretária adjunta de Ensino, Ney Cristina; o diretor de Educação, Diversidade, Inclusão e Cidadania (Dedic), Wilson Barroso; Salomão Hage, da Secretaria de Governo; além de representantes de instituições como a Sejudh, Papit, Ubes, Funcap, Recid-PA, Comitê de Mobilização Social pela Educação, Sinpep, Sintepp, Proeg, Umes, Unicef, Sindicato Rural de Belém, Casas Familiares Rurais (CFR) de Gurupá e Secretaria de Estado de Assistência e Desenvolvimento Social (Sedes).




